CENÁRIO MACROECONÔMICO
A alteração da meta fiscal ontem para R$ 159 bi em 2017 e 2018 alivia em partes as tensões com a necessidade de mudança, readequa os números tanto à realidade de arrecadação, quanto de inflação, porém e mais importante, começa a se falar sério sobre o custo do governo.
Além de algumas taxações, como de fundos de investimento fechados, os quais agora caem no “come cotas”, como se fossem abertos, as atenções ao paquidérmico custo de pessoal do governo foram importantes, pois demonstram que o sacrifício deve ocorrer do local correto e não da população.
Ainda que longe do ideal, principalmente em vista ao atual contexto econômico, a equipe econômica não se deixou levar pelas demandas eleitorais dos políticos, ávidos por mais recursos no próximo ano de eleição e se pautou pela tecnicidade, principalmente na postura do ministro Dyogo Oliveira.
É uma luta sem vencedores no curto prazo, pois ainda assim é uma elevação do déficit primário, porém semeia uma discussão importante sobre o tamanho do estado brasileiro.
Ainda no contexto de hoje, muita atenção à ata da última reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) e a perspectiva de aperto monetário nos EUA, muito provavelmente para 2018.
CENÁRIO POLÍTICO
Ao não trazer à tona a elevação de impostos, algo que historicamente gera aversão da população e também do atual ministro da fazenda, o governo marcou um ponto importante desde a crise deflagrada pela delação da JBS (SA:JBSS3).
Como o foco foi mais técnico e menos político, o anúncio da elevação dos gastos do governo deixou de mencionar a enorme importância da reforma da previdência, sem a qual todo o esforço fiscal fica totalmente sem sentido.
Deste modo, a equipe econômica, mesmo não citando nominalmente, joga novamente a responsabilidade à classe política, principalmente ao evitar novas taxações.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros em NY operam em alta, na espera pela ata do FOMC nos EUA e na expectativa por balanços. Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o maior apetite pelo prêmio de risco.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo a partir dos vencimentos em 5 anos, com queda nos mais curtos.
Entre as commodities metálicas, o ouro, a prata e o minério de ferro caem com a alta global do dólar.
O petróleo abriu positivo, com indicadores de queda dos estoques americanos, porém com alta significativa no global.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1702 / -0,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,247%
Dólar / Yen : ¥ 110,82 / 0,136%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,031%
Dólar Fut. (1 m) : 3180,50 / -0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,87 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,43 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,38 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,25 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,10% / 68.355 pontos
Dow Jones: 0,02% / 21.999 pontos
Nasdaq: -0,11% / 6.333 pontos
Nikkei: -0,12% / 19.729 pontos
Hang Seng: 0,86% / 27.409 pontos
ASX 200: 0,48% / 5.785 pontos
ABERTURA
DAX: 0,836% / 12278,90 pontos
CAC 40: 1,031% / 5193,24 pontos
FTSE: 0,627% / 7430,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 68414,00 pontos
S&P Fut.: 0,211% / 2468,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,254% / 5927,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 82,81 ptos
Petróleo WTI: 0,32% / $47,70
Petróleo Brent:0,41% / $51,01
Ouro: -0,08% / $1.270,50
Minério de Ferro: -0,14% / $73,35
Soja: -1,18% / $17,57
Milho: 0,00% / $355,25
Café: 0,72% / $132,75
Açúcar: 0,91% / $13,23