O ruído político marcou a semana anterior no mercado financeiro local, o qual se descolou do forte movimento global positivo, com dados econômicos e resultados corporativos, enquanto localmente, o foco foi disperso, com alguma atenção à PEC dos precatórios, adiada para esta semana.
Esta semana, além de truncada pelo feriado amanhã, tem agenda macroeconômica relativamente limitada, porém conta com o fechamento das inflações da Fipe e IPC-S, balança comercial, produção industrial e por fim, a ata da última reunião do Copom.
A tradicional cartomancia do mercado volta, com a análise do documento e as buscas das motivações para o comitê ceder às pressões do mercado para apertos mais severos de juros, os quais não satisfizeram os investidores e principalmente, a perspectiva para os próximos movimentos.
Ainda que já tenha contratado uma elevação de mais 150 bp na próxima reunião, o mercado está longe de se satisfazer, novamente, com tal aperto e o sinal emitido pela autoridade monetária será importante para entender a percepção em relação ao futuro dos juros, em meio á tal queda de braço com as curvas.
Outubro foi um mês difícil para o Brasil, onde o ruído político pesou fortemente ao afastar o mercado local da recuperação global dos ativos com a serie positiva de resultados corporativos, a maioria acima das expectativas e apesar da possibilidade cada vez mais concreta do tapering do FED nos EUA, o que eleva o peso dos dados do mercado de trabalho a serem divulgados esta semana.
Por outro lado, tal recuperação global também foi marcada por um incremento de diversos índices inflacionários acima das expectativas nas economias centrais, o que suscita a possibilidade de eu a retirada de estímulos possa se tornar um evento de proporções mundiais, a se observar na reunião do FOMC nesta quarta-feira.
Neste caso, teremos perdido por completo o bônus de um dólar mais fraco e favorável ás economias emergentes em termos inflacionários, apesar dos problemas nas relações comerciais e receberemos o ônus de uma pressão cambial contínua, mesmo que consigamos avançar em qualquer dos pontos travados em nossa agenda de reforma, esta sob perigo de ´morrer´ de vez nas mãos da ala política do governo.
No mercado e na economia, o Brasil está oficialmente em Bear Market.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por mais resultados corporativos e pela reuniao do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados em positivos, em exceção às bolsas na China, em queda devido ao PMIs conflitantes.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, queda no minério de ferro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com queda nas reservas chinesas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,64%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6365 / -0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,078%
Euro / Dólar : ¥ 114,21 / 0,228%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,256%
Dólar Fut. (1 m) : 5641,44 / -0,08 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,21 % aa (4,47%)
DI - Janeiro 23: 12,13 % aa (-2,18%)
DI - Janeiro 25: 12,20 % aa (-2,48%)
DI - Janeiro 27: 12,26 % aa (-1,68%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -2,0853% / 103.501 pontos
Dow Jones: 0,2493% / 35.820 pontos
Nasdaq: 0,3254% / 15.498 pontos
Nikkei: 2,61% / 29.647 pontos
Hang Seng: -0,88% / 25.154 pontos
ASX 200: 0,64% / 7.371 pontos
Abertura
DAX: 0,850% / 15822,04 pontos
CAC 40: 1,003% / 6898,82 pontos
FTSE 100: 0,521% / 7275,27 pontos
Ibovespa Futuros.: -1,75% / 104357,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,42% / 4616,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,409% / 15902,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,41% / 103,78 ptos
Petróleo WTI: 0,61% / $84,00
Petróleo Brent: 0,99% / $84,53
Ouro: 0,14% / $1.786,19
Minério de ferro: -3,47% / $105,18
Soja: -0,51% / $1.229,50
Milho: 0,09% / $568,75
Café: -0,10% / $203,75
Açúcar: 0,93% / $19,48