O otimismo pelas reaberturas supera os problemas das manifestações mundo afora, em especial nos EUA. Este é o mote básico para noticiar o descolamento do mercado do dito “mundo real em chamas”.
Neste sentido, não é difícil para os investidores e analistas entenderem o que acontece neste momento histórico, em especial na terra de mr. Trump, pois em menos de 2 meses, um país saiu do desemprego abaixo da linha do pleno emprego para algo que pode atingir 20%.
Este número de pessoas literalmente desocupadas é o ingrediente básico para a propagação de eventos como os dos últimos dias e em meio à uma disputa política em ano eleitoral, diversos governadores americanos pesam também o quanto de inquietação seria “aceitável” em vista à desestabilização da campanha de Trump.
Todavia, dada a escalada dos eventos, muitas autoridades estaduais e locais deixaram a retórica de lado e intensificaram os esforços para conter os protestos.
O mercado, no entanto, continua na sua dinâmica própria, olhando além do horizonte. Em contato com investidores estrangeiros, alguns confidenciaram que estão de volta ao Brasil faz 10 dias, em busca de tudo que soe lucrativo em diversos mercados.
Para alguns, o Brasil “is on sale”, está “em liquidação” no sentido comercial, tendo ofertas interessantes, assim como uma série também grande de países emergentes.
Neste fluxo, a desvalorização global do dólar em partes se explica, além da incomparável liquidez mundial, muito acima do observável durante a crise de hipotecas.
Com isso, os problemas de inquietação social nos EUA e alguns países europeus, as questões políticas em aberto no Brasil e os indicadores econômicos historicamente negativos, como o ADP Employment e a produção industrial brasileira (Infinity: -27,5% mm; -19,3% aa) estão dados e somente números fora das projeções causarão espanto.
Une-se tal perspectiva, com um dólar declinante e outros indicadores na contramão do pessimismo, como os PMI Caixin na China em franca expansão e na Europa, ainda que em contração, superando as medianas do mercado, está pronto o cenário para alimentar o rali.
Nem de perto está tudo bem e o “mercado” é consciente de tal cenário, daí a necessidade neste momento de muita cautela.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, retomando a melhora do humor pelas reaberturas econômicas.
Em Ásia-Pacífico, altas, com os dados na China superando expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao paládio.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com temores de que a OPEP+ pode não discutir novos cortes.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,15%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2035 / -3,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,421%
Dólar / Yen : ¥ 108,74 / 0,092%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,367%
Dólar Fut. (1 m) : 5227,67 / -3,28 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,06 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,09 % aa (-3,31%)
DI - Janeiro 25: 5,75 % aa (-3,20%)
DI - Janeiro 27: 6,73 % aa (-2,60%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,7379% / 91.046 pontos
Dow Jones: 1,0506% / 25.743 pontos
Nasdaq: 0,5897% / 9.608 pontos
Nikkei: 1,29% / 22.614 pontos
Hang Seng: 1,37% / 24.326 pontos
ASX 200: 1,83% / 5.942 pontos
ABERTURA
DAX: 2,483% / 12319,74 pontos
CAC 40: 2,141% / 4963,02 pontos
FTSE: 1,331% / 6302,90 pontos
Ibov. Fut.: 2,69% / 91164,00 pontos
S&P Fut.: 0,572% / 3094,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,438% / 9684,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,07% / 63,74 ptos
Petróleo WTI: 1,82% / $36,65
Petróleo Brent: 1,09% / $39,00
Ouro: -0,53% / $1.719,27
Minério de Ferro: 1,52% / $100,67
Soja: 0,38% / $854,00
Milho: -0,54% / $322,75 $322,75
Café: 0,46% / $98,45
Açúcar: 1,43% / $11,32