Após um dia de agenda vazia e foco na política, as inflações dominam a abertura dos mercados, com destaque para o IGP-DI, com o atacado agora sendo o responsável pelos indicadores mais modestos.
Na China, a balança comercial com resultado abaixo das expectativas frustrou os investidores, que buscam sinais de manutenção do momentum positivo da economia chinesa em vista ao cenário de possível volatilidade futura.
Ainda assim, o indicador apresentou crescimento consistente em relação ao mês de setembro.
Localmente, a pressão pelas reformas continua e o governo luta contra o tempo para evitar um rebaixamento adicional da nota brasileira em caso de derrota, conforme citamos anteriormente.
CENÁRIO POLÍTICO
“Jogar a toalha”. Mise-en-scène político do presidente Temer ontem, comprado efusivamente pelo mercado financeiro começa a surtir os primeiros efeitos práticos.
O congresso tinha na reforma uma valiosa moeda de troca contra o presidente após recusa das denúncias pela câmara. Muitos partidos cobravam um preço considerado alto até mesmo pelos padrões brasileiros.
Ao “recuar”, Temer jogou o ônus à Câmara e aos deputados da série de problemas advindos do evento, como inclusive mais uma perda de nota da classificação de risco do Brasil com as grandes agências.
Além disso, muitos políticos acreditam que a reforma “dá muito destaque ao PMDB”, ou seja, seria preferível o ruim ao país do que o bom a um partido.
Temer ainda está na jogada, com Maia e Meirelles operando pesado os bastidores e algum arremedo de reforma deve surgir para manter o espaço de cortes de juros por parte do COPOM.
Tudo certo, nada resolvido!
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo definido, assim como os futuros em NY, ainda em reação aos balanços corporativos e à visita de Trump à China.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, apesar do resultado da balança comercial chinesa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo até os 3 anos e negativos em todos os outros vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a queda é generalizada, com o ouro respondendo positivo ao dólar em queda.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, com as quedas das commodities nas importações chinesas.
Atenção aos resultados de Gerdau (SA:GGBR4), Ser (SA:SEER3), Gol (SA:GOLL4), Eucatex (SA:EUCA4), T4F (SA:SHOW3), Movida (SA:MOVI3), SLC, TOTVS (SA:TOTS3), Cosan (SA:CSAN3), Rumo (SA:RAIL3) e CVC (SA:CVCB3).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2729 / 0,64 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,069%
Dólar / Yen : ¥ 113,71 / -0,263%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,220%
Dólar Fut. (1 m) : 3287,64 / 0,38 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,98 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,91 % aa (0,38%)
DI - Janeiro 21: 9,34 % aa (0,65%)
DI - Janeiro 25: 10,40 % aa (0,78%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,55% / 72.415 pontos
Dow Jones: 0,04% / 23.557 pontos
Nasdaq: -0,27% / 6.768 pontos
Nikkei: -0,10% / 22.914 pontos
Hang Seng: -0,30% / 28.908 pontos
ASX 200: 0,03% / 6.016 pontos
ABERTURA
DAX: 0,003% / 13379,65 pontos
CAC 40: -0,162% / 5471,74 pontos
FTSE: 0,040% / 7516,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72935,00 pontos
S&P Fut.: -0,004% / 2586,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,063% / 6320,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 87,45 ptos
Petróleo WTI: -0,21% / $57,08
Petróleo Brent:-0,03% / $63,67
Ouro: 0,33% / $1.279,53
Minério de Ferro: -1,83% / $61,59
Soja: 0,22% / $18,64
Milho: -0,29% / $346,50
Café: -0,68% / $125,30
Açúcar: -0,20% / $14,63