Passada uma semana de agenda econômica restrita e altamente influenciada pela questão política, a atual semana reserva, apesar do feriado, uma gama enorme de indicadores, com destaque no Brasil para as vendas ao varejo e atividade econômica e no exterior, inflações.
A aceleração da inflação no Brasil com a bandeira vermelha na energia elétrica se mostrou bastante clara no IPCA divulgado na semana anterior, no qual o item alimentação se manteve negativo, revertendo o que se tem observado em outros índices recentes.
Importante atenção durante à semana aos indicadores de atividade econômica, em especial as vendas ao varejo, onde alguns setores já emitem sinais positivos da queda de juros e uma elevação pontual tende a ocorrer, principalmente no índice amplo.
Mesmo assim, a tendência de manutenção do ciclo de cortes de juros por parte do COPOM continua obviamente dependendo dos avanços da reforma diet light da previdência.
CENÁRIO POLÍTICO
Chegou a hora de pagar a conta da “manutenção”. O governo Temer, após um período considerado turbulento das denúncias, começa a ser cobrado da fidelidade daqueles que o mantiveram no poder. Deste modo, a reforma ministerial começa a ganhar força e se torna a nova moeda de troca do executivo.
Todos estes esforços são para a tentativa de aprovação da reforma diet light da previdência, onde a idade mínima e a equiparação do funcionalismo público ao INSS são os pontos principais, aliás, estão entre os pontos mais importantes da reforma em si.
O problema de toda esta articulação política é deixar de lado uma reforma de igual, senão maior importância, dada a desidratação da previdência, a reforma tributária.
O governo deve centrar seus esforços na questão fiscal, de modo a tentar garantir, como conseguiu na semana passada, manter a classificação de risco brasileira e prosseguir com os cortes de juros.
Porém, o maior advento da reforma tributária é na arrecadação, o segundo ponto fulcral da reforma fiscal.
Em meio a tantos riscos, outra conta a ser cobrada são as pautas bombas, preço excessivamente caro a ser pago pelo governo.
Brasil sendo Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo definido, com os futuros em NY em queda, após a quarta semana de alta nas bolsas americanas. Na Ásia, o fechamento foi negativo, iniciando a semana em correção.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo até os 2 anos e negativos em todos os outros vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada, mesmo com o dólar em alta.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, com as tensões no Oriente Médio.
Atenção aos resultados de Petrobras, Bradespar, JBS, Marfrig, Oi, Rossi, Viver, Banrisul, Positivo, GP, Light, Renova, Alpargatas, Eletrobrás.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2837 / 1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,180%
Dólar / Yen : ¥ 113,36 / -0,150%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,940%
Dólar Fut. (1 m) : 3283,58 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,96 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,96 % aa (0,89%)
DI - Janeiro 21: 9,41 % aa (1,51%)
DI - Janeiro 25: 10,52 % aa (1,54%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,05% / 72.166 pontos
Dow Jones: -0,17% / 23.422 pontos
Nasdaq: 0,01% / 6.751 pontos
Nikkei: -1,32% / 22.381 pontos
Hang Seng: 0,21% / 29.182 pontos
ASX 200: -0,13% / 6.022 pontos
ABERTURA
DAX: -0,101% / 13114,23 pontos
CAC 40: -0,216% / 5369,09 pontos
FTSE: 0,217% / 7449,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72574,00 pontos
S&P Fut.: -0,085% / 2577,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,020% / 6308,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 87,12 ptos
Petróleo WTI: -0,18% / $56,64
Petróleo Brent:-0,54% / $63,18
Ouro: 0,25% / $1.278,27
Minério de Ferro: 0,62% / $61,79
Soja: 0,00% / $18,46
Milho: -0,22% / $342,75
Café: -0,47% / $126,70
Açúcar: 0,00% / $14,94