Receita dispensa bancos de recolherem IOF retroativo, mas indica que poderá cobrar contribuintes
Semana larga tensa, repleta de indicadores, com foco em inflações, discursos de formuladores de política monetária, relatórios importantes, atividade econômica, fiscal e a reta final para o primeiro turno das eleições no Brasil.
Em termos inflacionários, novamente a tendência continuam de ampla descompressão no Brasil, que podem ser observadas no atacado, varejo e construção civil (IGP-M) e no IPCA-15, prévia da inflação oficial de setembro.
Não somente concentrada em transportes, como o índice nos EUA, a deflação está disseminada também pelo item alimentação e pelo item habitação, o qual ainda não capturou todos os cortes do gás de cozinha.
Nesta situação diferenciada, vem a importância de se analisar a visão do Bacen quanto ao rumo dos preços no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na quinta-feira (29), juntamente com os dados de arrecadação e governo central.
A semana reserva também dados de emprego com a PNAD e o Caged, ambos em linha positiva, com menor desemprego e maior criação de postos de trabalho, em resumo, na semana decisiva eleitoral, o Brasil coleciona uma série de notícias positivas, mas com potencial limitado de definir o pleito.
No exterior, a situação é novamente mais complicada, após dados continuamente ruins de atividade econômica na Europa, como o índice IFO de confiança na Alemanha abaixo das expectativas e das medições anteriores, diferente da confiança do consumidor brasileiro da FGV, de 83,6 pontos para 89 pontos.
Além disso, a perspectiva para a inflação no PCE, contido no PIB americano continua de pressão, além a inflação na própria Alemanha e na Zona do Euro, que devem bater novos recordes históricos, puxados por energia, projetando alta de 1,5% na Alemanha e 0,9% no conjunto europeu, ao mês.
Para aumentar a volatilidade, a implosão da Libra, com o estranho pacote fiscal de Lis Truss eleva as atenções para o que Tenreyro do BoE deve falar hoje às 13h, em meio à derrocada da moeda.
Para completar a volatilidade, o cenário político local se agita com uma live de Ciro Gomes às 10:00, onde se especula de tudo: apoio a Bolsonaro, desistência da candidatura, ou mesmo, um ataque ao chamado “voto útil”.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com mercados agitados com a queda da Libra.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, mesmo após o PMI de serviços entrar em zona de expansão no Japão e aumento de spread de compra de moeda estrangeira na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, rompendo os US$ 80 em NY e os US$ 85 em Londres.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,52%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,263 / 2,87 %
Euro / Dólar : US$ 0,96 / -0,310%
Dólar / Yen : ¥ 144,14 / 0,495%
Libra / Dólar : US$ 1,07 / -1,363%
Dólar Fut. (1 m) : 5268,75 / 2,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,65 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 24: 12,83 % aa (0,31%)
DI - Janeiro 26: 11,42 % aa (1,60%)
DI - Janeiro 27: 11,41 % aa (2,01%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0641% / 111.716 pontos
Dow Jones: -1,6168% / 29.590 pontos
Nasdaq: -1,7970% / 10.868 pontos
Nikkei: -2,66% / 26.432 pontos
Hang Seng: -0,44% / 17.855 pontos
ASX 200: -1,60% / 6.469 pontos
ABERTURA
DAX: -0,425% / 12232,02 pontos
CAC 40: -0,475% / 5755,94 pontos
FTSE: -0,940% / 6952,60 pontos
Ibov. Fut.: -2,10% / 112444,00 pontos
S&P Fut.: -0,61% / 3686,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,677% / 11337,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,01% / 111,27 ptos
Petróleo WTI: -0,39% / $78,43
Petróleo Brent: -0,48% / $85,74
Ouro: -0,06% / $1.639,62
Minério de Ferro: -2,01% / $96,00
Soja: -0,32% / $1.422,00
Milho: -0,66% / $672,00
Café: -0,57% / $219,75
Açúcar: 1,42% / $18,68