Passada uma semana volátil e eufórica para o mercado financeiro, o foco se volta a 3 decisões de juros de grande relevância: Brasil, EUA e Reino Unido.
Sob nova direção, aparentemente não existem versões conflitantes sobre o que o COPOM fará na quarta-feira.
A ‘paciência’ continua a ser o mote da autoridade monetária, conforma citamos constantemente por aqui.
Os desafios de redução do spread bancário, fomento de fintechs e aumento da concorrência no setor bancário e de crédito foram temas constantes do discurso inaugural de Campos Neto na semana passada.
Com a inflação baixa e expectativas ancoradas, principalmente pela ausência de pressão de consumo em vista ao desemprego elevado (abertura negativa do hiato do produto), o novo presidente do BC terá tempo até que as reformas aprovadas deem sustentação para novas medidas de política monetária.
Não muito diferente ocorre nos EUA, onde o duplo mandato do Fed, desemprego e inflação, estão cumpridos com maestria, sendo o problema agora revertidos à uma série de indicadores de atividade econômica mais fracos que as médias projetadas por economistas.
Este temor de um crescimento mais fraco tem sido endêmico entre as economias centrais, com especial agravante da China, também levando economias asiáticas ao mesmo ritmo.
Tudo isso em meio a notícias de que a decisão final para o acordo pode se arrastar até o mês de junho.
No Reino Unido, a tentativa de colocar pela terceira vez a votação do Brexit se une à decisão de juros do Banco da Inglaterra, em meio aos desafios de uma economia que pode ser altamente prejudicada pela falta de acordo.
Para alguns parlamentares britânicos, é preferível a vergonha de se propor um novo referendo do que a vergonha da saída sem acordo, deixando o bloco à mercê das regras da OMC.
Semana pesada, difícil e que requer foco dos investidores.
CENÁRIO POLÍTICO
A proposta dos militares que chegou ao ministério da economia é fadada à alteração, por incluir tempo de transição menor do que a proposta original e ainda, reajustes salariais.
Como citamos anteriormente, um sacrifício não muito sacrificante.
Ainda assim, sua chegada abre espaço para os trabalhos da CCJ na quarta-feira e o novo desenho deverá equalizar ao máximo para evitar prejudicar a proposta original.
Nos EUA, o presidente Bolsonaro pode dar os primeiros passos do que seria a abertura comercial, essencial para a economia brasileira, ainda que representantes da indústria já tenham reclamado dela com o novo governo logo após a posse, mesmo antes da divulgação de quaisquer propostas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com sinais de fusões entre bancos alemães.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, na expectativa pela decisão do FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos até dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, alta, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, mesmo com os cortes contínuos da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,815 / -0,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,238%
Dólar / Yen : ¥ 111,47 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,309%
Dólar Fut. (1 m) : 3820,24 / -0,75 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,38 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,97 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 8,06 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 25: 8,59 % aa (-0,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,54% / 99.137 pontos
Dow Jones: 0,54% / 25.849 pontos
Nasdaq: 0,76% / 7.689 pontos
Nikkei: 0,62% / 21.585 pontos
Hang Seng: 1,37% / 29.409 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.191 pontos
ABERTURA
DAX: -0,193% / 11663,13 pontos
CAC 40: 0,091% / 5410,22 pontos
FTSE: 0,567% / 7269,29 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 99483,00 pontos
S&P Fut.: -0,007% / 2829,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,031% / 7345,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 81,47 ptos
Petróleo WTI: -0,62% / $58,16
Petróleo Brent:-0,42% / $66,88
Ouro: 0,26% / $1.305,75
Minério de Ferro: 0,16% / $86,12
Soja: 0,31% / $16,15
Milho: 0,00% / $372,75
Café: 0,69% / $94,60
Açúcar: 0,80% / $12,58