O pesado mês de setembro se foi, deixando para trás um rastro de destruição, somente visto em março de 2020, quando foi deflagrada a crise pandêmica, acumulando perdas em nível global.
A China trouxe novamente parte dos elementos da tensão, entre eles o problema de energia e consumo de carvão, a questão da quebra da Evergrande (OTC:EGRNY), ambos eventos já levando a mudanças em diversas projeções e pesquisas de gerentes, além do choque de oferta e o fechamento de portos e zonas fabris ainda não resolvidos.
Nos EUA, o debate sobre o fim dos estímulos, conhecido como ‘Tapering’ também elevou a tensão entre os investidores, receosos pela retirada da forte liquidez mensal fornecida pelo governo americano.
Inflação, mercado de trabalho, atividade econômica aquecida, falta de mão de obra em diversos estados, devido aos generosos programas de auxílio desemprego, além da discussão do shutdown do governo, que se resolveu ontem e sem a aprovação do tão desejado plano social trilionário de Biden.
Localmente, o mês foi catalisado pela disputa entre poderes, em especial entre o judiciário e o executivo, que foi brevemente apaziguada pela carta do presidente Bolsonaro escrita a quatro mãos, com a ajuda do presidente Temer, mas ainda assim, sinais quase nulos de avanços na agenda de reformas.
Para piorar tudo, a inflação ganha força em nível global, para o ‘espanto’ dos formuladores de políticas monetárias que inundaram o mundo de liquidez e recursos e agora se recusam a entender as consequências macroeconômicas básicas de tal evento.
A inflação nos EUA foi a única a se manter relativamente estável, ainda que em níveis elevados, enquanto localmente, a trinca de alimentos, habitação (energia e gás) e transportes continua a fomentar a pressão dos índices, mantendo o ritmo pesado de aperto monetário do Banco Central, mesmo que ineficiente contra tais eventos.
Completando, hoje o CPI na Zona do Euro continua nos piores resultados em 10 anos e adiciona pressão ao BCE por conta da atual política de juros e estímulos, daí a atenção também ao PCE nos EUA divulgado hoje.
Na agenda, além dos dados nos EUA, destacam-se no Brasil o PMI e a balança comercial.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os temores de inflação em alta, após o pior mês para os mercados desde março de 2020.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados pelo Nikkei e pela ausência das bolsas chinesas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto ouro e paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com a OPEP+ considerando o aumento da oferta, dadas as condições restritas de mercado.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4431 / 0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 111,13 / -0,162%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,111%
Dólar Fut. (1 m) : 5467,18 / 0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 8,66 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 23: 9,20 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 25: 10,28 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 27: 10,69 % aa (1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1149% / 110.979 pontos
Dow Jones: -1,5900% / 33.844 pontos
Nasdaq: -0,4400% / 14.449 pontos
Nikkei: -2,31% / 28.771 pontos
Hang Seng: -0,36% / 24.576 pontos
ASX 200: -2,00% / 7.186 pontos
ABERTURA
DAX: -0,555% / 15175,94 pontos
CAC 40: -0,577% / 6482,39 pontos
FTSE: -0,808% / 7029,19 pontos
Ibov. Fut.: -0,42% / 110773,00 pontos
S&P Fut.: -0,35%/ 4375,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,497% / 14630,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 100,83 ptos
Petróleo WTI: -0,75% / $74,51
Petróleo Brent: -0,40% / $77,93
Ouro: -0,04% / $1.754,54
Minério de Ferro: 6,21% / $117,00
Soja: -0,26% / $1.254,25
Milho: -0,14% / $538,25
Café: -0,18% / $193,80
Açúcar: -0,25% / $20,25