No dia de foco no IPCA, a inflação oficial brasileira, observamos já na abertura uma reação positiva à inflação ao varejo na Alemanha, a qual mostrou mais um período de arrefecimento, graças ao auxílio do governo alemão para aliviar o impacto dos custos de energia, como gás e eletricidade.
Outro ponto “favorável” à leitura da inflação alemã foi a mudança na cesta de produtos que regem a medida de preços pelo Destatis e a agência ainda não publicou a abertura dos componentes para se entender o motivo da queda.
Apesar do otimismo dos investidores devido ao resultado abaixo das expectativas de maneira geral, com exceção do núcleo anualizado, o restante dos dados veio acima da medição anterior, especialmente das deflações marginais, com 1% mm e 8,7% aa no índice cheio e 0,5% e 9,2% aa no núcleo.
Já nos EUA, após diversas interpretações das falas de membros do Fed, especialmente de Powell, a claque dos formadores de política monetária começa a se alinhar para que não haja dúvidas quanto ao posicionamento mais duro quanto aos juros e inflação.
Com o rali de janeiro nas bolsas de valores, os investidores renovam suas apostas no fim do ciclo de aperto monetário, antes que efetivamente a recessão comece a atingir os resultados das empresas, ainda positivos como visto de diversos bancos e ontem, da Disney (NYSE:DIS).
O problema é que a persistência do mercado de trabalho aquecido impõe um enorme desafio ao Fed e mesmo uma observação mais apurada da disparada do Payroll na semana passada não exime o fato do setor estar pungente.
Ainda que se revise para um terço o resultado de janeiro, ainda será um crescimento forte e robusto de vagas, longe de sinalizar uma reação crível à política monetária correntemente adotada e membros do Fed tem deixado isso claro.
Localmente, a melhora dos ativos veio do “assopra” de Padilha, mais um, após o “bate” do presidente contra o Banco Central, Campos Neto, os juros e o mercado financeiro, com o ministro reforçando a independência do Bacen e a ausência de discussões para qualquer mudança.
No IPCA de hoje, atenção especialmente ao item alimentação e comunicação, enquanto transportes ainda não capturou a alta mais recente da gasolina.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os investidores atentos aos balanços de bancos na Europa e Paypal, PepsiCo (NASDAQ:PEP) e PhilipsMorris nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com investidores ainda observando os possíveis passos da política monetária americana.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e ao cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, em alta pelo quarto dia consecutivo, na expectativa por uma maior demanda chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,65%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2009 / -0,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,448%
Dólar / Yen : ¥ 130,85 / -0,358%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,472%
Dólar Fut. (1 m) : 5214,32 / -0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,55 % aa (-0,79%)
DI - Janeiro 25: 12,83 % aa (-2,09%)
DI - Janeiro 26: 12,83 % aa (-1,67%)
DI - Janeiro 27: 12,93 % aa (-1,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,9677% / 109.952 pontos
Dow Jones: -0,6080% / 33.949 pontos
Nasdaq: -1,6780% / 11.911 pontos
Nikkei: -0,08% / 27.584 pontos
Hang Seng: 1,60% / 21.624 pontos
ASX 200: -0,53% / 7.490 pontos
ABERTURA
DAX: 1,382% / 15625,07 pontos
CAC 40: 1,364% / 7216,93 pontos
FTSE: 0,669% / 7937,89 pontos
Ibov. Fut.: 1,99% / 110158,00 pontos
S&P Fut.: 0,82% / 4164,25 pontos
Nasdaq Fut.: 1,098% / 12689,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 108,37 ptos
Petróleo WTI: 0,28% / $78,69
Petróleo Brent: 0,28% / $85,33
Ouro: 0,33% / $1.882,06
Minério de Ferro: 2,13% / $123,95
Soja: 0,44% / $1.528,00
Milho: -0,22% / $676,75
Café: 0,43% / $176,30
Açúcar: 1,04% / $21,46