O mercado reage negativamente à perspectiva de piora fiscal pela pauta bomba no congresso, onde o impacto de mais de R$ 100 bi pode inviabilizar o próximo governo, seja este qual for.
Ainda assim, apesar dos temores dos investidores, as mais recentes medidas de inflação sinalizam algo importante para a política monetária, com índices retornando em níveis muito inferiores àqueles influenciados pelos choques de oferta de maio.
Na próxima semana, o IPCA-15 facilmente registrará resultados abaixo da metade do registrado em junho e os IGPs e IPC-S tendem a seguir a mesma linha nas medições semanais.
Isso é um breve alívio ao mercado de juros futuros, que pode novamente insistir em buscar prêmios através do aperto monetário por conta da pressão cambial, porém sem sucesso dado o cenário inflacionário retornando ao contexto benigno.
Ainda assim, o cenário fiscal continua muito temeroso e inoportuno, como citou o ministro Guardia.
CENÁRIO POLÍTICO
A pauta bomba sugerida pelo congresso assusta em muito a equipe econômica, que teme que sem uma reforma da previdência na largada do próximo governo, a insustentabilidade fiscal ocorra logo no segundo semestre de 2019.
Mais preocupados com seus próprios negócios e seus estados do que com o caixa do governo, com propostas como diversos refinanciamento de dívidas em condições ‘camaradas’ (Refis), aos Estados pela União da desoneração do ICMS sobre exportações, benefícios às transportadoras, criação de milhares de municípios, entre outras aberrações fiscais de mais de R$ 100 bilhões.
O desmando com a máquina pública brasileira é tão grande que muitos congressistas aproveitam exatamente o fato de não se reelegerem para avançar com tais distorções.
Isso é só mais uma prova de que a mudança no meio político está a anos luz de ocorrer por aqui.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, com bancos e empresas de tecnologia.
Na Ásia, o fechamento foi positivo puxado pelo alívio temporário na guerra fiscal.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção para o minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, o alívio na questão dos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8818 / 0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,368%
Dólar / Yen : ¥ 112,59 / 0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,606%
Dólar Fut. (1 m) : 3905,30 / 0,57 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,68 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,32 % aa (1,46%)
DI - Janeiro 21: 9,31 % aa (1,42%)
DI - Janeiro 25: 11,36 % aa (1,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,96% / 75.856 pontos
Dow Jones: 0,91% / 24.925 pontos
Nasdaq: 1,39% / 7.824 pontos
Nikkei: 1,85% / 22.597 pontos
Hang Seng: 0,16% / 28.525 pontos
ASX 200: 0,00% / 6.268 pontos
ABERTURA
DAX: 0,265% / 12526,13 pontos
CAC 40: 0,402% / 5427,62 pontos
FTSE: 0,459% / 7686,44 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76184,00 pontos
S&P Fut.: 0,043% / 2799,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,098% / 7390,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,46% / 83,68 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $70,21
Petróleo Brent:-0,67% / $73,95
Ouro: -0,51% / $1.241,02
Minério de Ferro: 0,05% / $63,21
Soja: 0,06% / $15,74
Milho: 1,58% / $336,50
Café: -0,46% / $108,20
Açúcar: -0,81% / $10,99