Como usual, o fechamento da primeira semana do mês reserva indicadores de grande relevância tanto em termos locais, quanto internacionais.
Na Europa, o índice de pedidos às fábricas disparou aos 3,6% em agosto, superando tanto as contrações anteriores quanto a projeção de alta de 0,7%, com 7,8% de alta em 12 meses. O índice Halifax de imóveis no Reino Unido também superou as projeções, com alta de 0,8%, ante projeções de estabilidade, levando o índice a alta de 4% em 12 meses.
Com este contexto começa o dia, na expectativa pelo IPCA, onde alimentação continua a ter um peso renovado na desinflação dos índices e contribui para a continuidade do ciclo de cortes de juros.
Nos EUA, a divulgação do payroll tem importância renovada com os mais recentes discursos de membros do Fed, porém mais importante que a criação de vagas é o ganho por hora trabalhada.
Isto mede a “inflação” de mão de obra nos EUA e demonstra o quanto a capacidade de consumo tem se elevado, vis-à-vis à inflação corrente, o que até o momento tem sido bastante limitado.
Em resumo, é daí e não do CPI que o Fed buscará base para elevar os juros.
CENÁRIO POLÍTICO
A retirada pelo PSDB de Bonifácio de Andrada da relatoria da comissão que julga o presidente Temer expõe cada vez mais a ferida aberta no partido, criada pela divisão mais territorial do que ideológica de seus membros.
Andrada já deve retornar à comissão, em vaga cedida pelo PSC, porém a implosão do PSDB continua com força, o que faz com que o partido chegue muito fraco ao pleito do próximo ano.
Na reforma política, além dos quase R$2bi de fundo partidário aprovado ontem, durante a madrugada foi incluído um destaque completamente caracterizado como censura prévia, contra inclusive o marco civil da internet, determinando a retirada de qualquer conteúdo que um político se sinta ofendido, sem anuência do judiciário. Temer tende a vetar tal ponto, mas a cara de pau dos políticos não pára de surpreender.
Por fim, o pré-aquecimento de Meirelles para a candidatura começou, com as óbvias negações e distrações, porém em vista à gama de candidatos atuais e o aumento do populismo, Meirelles talvez seja a única opção viável para a continuidade das reformas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é de queda na maioria, com os futuros em NY sem rumo, com preocupações ainda com a Cataluña e na expectativa pelos dados do mercado de trabalho americano. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo os recordes americanos.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, após abertura em alta, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro realiza lucro em portos chineses e o ouro cai com o dólar mais forte.
O petróleo abriu em queda em NY e Londres, apesar da preocupação com outra tempestade se aproximando do Golfo do México.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1539 / 0,60 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ #N/A N/A / #VALOR!
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,366%
Dólar Fut. (1 m) : 3162,69 / 0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,10 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,83 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 21: 9,01 % aa (1,46%)
DI - Janeiro 25: 10,06 % aa (1,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,03% / 76.618 pontos
Dow Jones: 0,50% / 22.775 pontos
Nasdaq: 0,78% / 6.585 pontos
Nikkei: 0,30% / 20.691 pontos
Hang Seng: 0,28% / 28.458 pontos
ASX 200: 1,04% / 5.711 pontos
ABERTURA
DAX: 0,098% / 12980,73 pontos
CAC 40: -0,156% / 5370,83 pontos
FTSE: 0,221% / 7524,62 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76808,00 pontos
S&P Fut.: -0,035% / 2549,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,045% / 6068,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 84,43 ptos
Petróleo WTI: -0,89% / $50,34
Petróleo Brent:-0,53% / $56,70
Ouro: 0,12% / $1.269,77
Minério de Ferro: -0,17% / $62,84
Soja: 1,26% / $18,38
Milho: -0,14% / $349,00
Café: 0,28% / $127,55
Açúcar: -0,76% / $14,28