A ausência de um acordo entre os EUA e a China no prazo hábil para evitar a série de problemas, como retorno das taxações pesadas é certamente um dos maiores elementos de volatilidade do curto prazo.
Tanto para o Brasil, quanto para o exterior, passamos um momento ímpar, onde os indicadores econômicos têm gerado muito pouco ou quase nenhuma preocupação.
Sem os elementos recentes de volatilidade, provavelmente o mercado estaria numa posição muito superior àquela observada neste momento, com atenção redobrada aos balanços corporativos e dados macroeconômicos.
Localmente, a permanência um pouco mais prolongada do presidente Bolsonaro no hospital por conta de uma leve pneumonia bacteriana assusta novamente os investidores por conta dos prazos em relação à reforma da previdência.
Os investidores já haviam criado uma expectativa ansiosa sobre os prazos de votação, talvez influenciados pela igual ansiedade de Paulo Guedes, porém o próprio ministro tem adequado seu ponto de vista à realidade política, com expectativas mais críveis sobre a discussão e votação da pauta.
Na agenda de hoje, projetamos um IPCA com pressões sazonais de alimentação e educação, porém um resultado final sem grandes pressões, o que mantém o trabalho do Banco Central sem grandes percalços no início deste ano e para a próxima reunião do COPOM.
Atenção aos resultados corporativos de Phillips, Shiseido, Olympus, Hasbro e Goodyear.
No Brasil, sem agenda hoje.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre as lutas jurídicas que devem se desenrolar após mais uma condenação do ex-presidente lula e a busca por uma identidade a muito tempo perdida, a oposição no Brasil está fragmentada e próxima do fim.
O governo Bolsonaro tem condições invejáveis de aprovação das reformas neste momento, sendo o seu maior inimigo a sua própria base e a notória desarticulação de seu partido.
Para a oposição, restam vozes que se fazem notar como senadores e deputados do PSOL e alguns do PDT, porém de resto, se houvesse uma união real, o governo seria um rolo compressor.
Não é o caso e provavelmente não será o caso durante todo o mandato, pois lidar com o antigo congresso parece ser tão difícil quanto com o inexperiente novo.
“Eu, caçador de mim”.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros NY abrem em queda, com o atraso nas conversas comerciais China x EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo pela mesma motivação.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção do minério de ferro.
O petróleo abre estável, com o aumento do corte da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7176 / 0,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,053%
Dólar / Yen : ¥ 109,84 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,039%
Dólar Fut. (1 m) : 3718,12 / 0,41 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,13 % aa (2,00%)
DI - Janeiro 23: 8,23 % aa (0,73%)
DI - Janeiro 25: 8,77 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,24% / 94.406 pontos
Dow Jones: -0,87% / 25.170 pontos
Nasdaq: -1,18% / 7.288 pontos
Nikkei: -2,01% / 20.333 pontos
Hang Seng: -0,16% / 27.946 pontos
ASX 200: -0,34% / 6.071 pontos
ABERTURA
DAX: 0,094% / 11032,35 pontos
CAC 40: 0,230% / 4997,02 pontos
FTSE: 0,070% / 7098,57 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 94396,00 pontos
S&P Fut.: -0,300% / 2696,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,463% / 6873,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 80,09 ptos
Petróleo WTI: 0,06% / $52,67
Petróleo Brent:0,41% / $61,88
Ouro: 0,04% / $1.310,60
Minério de Ferro: 3,72% / $92,29
Soja: -0,75% / $16,54
Milho: 0,40% / $377,50
Café: -0,43% / $104,00
Açúcar: 0,08% / $12,72