Virou a mão. Assim podemos definir o comunicado (bastante completo) da última reunião do COPOM, onde os juros brasileiros definiram o novo patamar de baixa aos 6,75% aa.
O COPOM deixou claro que a tendência para a próxima reunião, dado o atual cenário é de interrupção dos cortes, ou seja, o aviso sobre a necessidade das reformas finalmente veio na forma de pausa.
Um corte adicional é possível, todavia depende exatamente dos avanços no congresso, os quais até este momento tem se mostrado fracos.
Resta a esperança em algumas mudanças no texto da reforma, notadamente a pensão vitalícia para viúvas de policiais militares, o qual, além de muito positivo e justo, tem forte apelo popular e pode ajudar a convencer parte dos parlamentares.
O IPCA de hoje tende ainda a corroborar com um contexto econômico favorável ao ciclo de afrouxamento, dado o elevado hiato do produto, porém, não são os dados que devem convencer o BC, estes já estão convictos de que novos cortes são possíveis apesar da pausa. Quem precisa se convencer é o congresso.
CENÁRIO POLÍTICO
O que não parece ser jogo de cena, Luciano Huck reitera ao TSE que não será candidato este ano, mostrando que a ação do PT de abuso de poder econômico não faz sentido.
Obviamente isto não é um ponto definitivo, principalmente no total início do ano eleitoral, porém escancara a hipocrisia dos partidos como o pt que reiteradamente fazem campanha antecipada, como o ex presidente lula, sem grandes repercussões do colegiado eleitoral.
Ainda no âmbito político, quando pressionado por uma plateia qualificada do mercado financeiro, Bolsonaro obviamente recuou e admitiu nada entender de economia, mesmo com o suporte que vem recebendo de Paulo Guedes.
Fora do contexto eleitoral, o PTB já se cansou do episódio Cristiane Brasil e deve escolher em breve um substituto, apesar dos protestos de Roberto Jefferson.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em alta, com o mercado ainda confuso sobre os eventos dos últimos três dias.
Na Ásia, o fechamento foi em alta na maioria, não seguindo o ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo até os 3 anos, em alta daí em diante.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, com a forte oferta do óleo de xisto americano.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,272 / 1,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,285%
Dólar / Yen : ¥ 109,74 / 0,375%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,173%
Dólar Fut. (1 m) : 3280,45 / 0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,05 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 22: 9,32 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 25: 9,91 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,34% / 82.767 pontos
Dow Jones: -0,08% / 24.893 pontos
Nasdaq: -0,90% / 7.052 pontos
Nikkei: 1,13% / 21.891 pontos
Hang Seng: 0,42% / 30.451 pontos
ASX 200: 0,24% / 5.891 pontos
ABERTURA
DAX: -1,067% / 12456,05 pontos
CAC 40: -0,659% / 5221,27 pontos
FTSE: -0,560% / 7238,62 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 82772,00 pontos
S&P Fut.: 0,112% / 2671,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,275% / 6573,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,10% / 87,05 ptos
Petróleo WTI: -0,42% / $61,53
Petróleo Brent:-0,11% / $65,44
Ouro: -0,62% / $1.310,27
Minério de Ferro: 1,03% / $75,20
Soja: -0,39% / $18,25
Milho: -0,21% / $365,00
Café: -0,49% / $122,40
Açúcar: -0,43% / $13,93