A resiliência do mercado local e a presença do investidor estrangeiro têm feito a diferença nestes dias de elevada volatilidade dos ativos, com a falta de certeza quanto ao rumo dos juros nos EUA e de boa parte das economias centrais.
Obviamente, a proporção e o peso elevado das blue chips em nosso mercado faz com que movimento como o da Petrobrás ontem façam grande diferença no mercado, todavia, o câmbio no ritmo de valorização constante, independente do cenário internacional é a base para a premissa que citamos acima.
Na sessão de hoje, já chama a atenção as inflações ao varejo regionais na Alemanha, onde os índices regionais apresentaram todos redução contra os números de junho, o que deve se confirmar às 9:00 com o dado nacional projetando 0,4%, ante 0,9% anterior, o que leva a inflação anual aos 7,8%, mais um recorde para o país nas medições desde a fundação da União Europeia.
Os dados de oferta de crédito e meios monetários do Reino Unido continuam positivo, especialmente em julho, porém a percepção de recessão não se dissipa, mesmo com uma serie de dados positivos no curto prazo.
Já a Zona do Euro demonstrou piora significativa nos índices de confiança em agosto, afetando serviços, indústria, consumidores e confiança na economia, num ciclo de contração que se acumula desde dezembro, com a piora superando as projeções dos analistas.
Localmente, observamos a deflação do IGP-M, onde projetávamos uma queda de -0,54% em agosto, levando o resultado anual para 8,76%, o que reduz o ainda elevado impacto em preços administrados, saindo da zona de 2 dígitos, ainda assim, a deflação foi mais intensa, com queda de -0,70%, levando o índice para 8,59% ao ano.
Além da inflação, a agenda local reserva os dados do governo central, onde projetamos um superavit próximo a R$ 20 bilhões, resultados de uma arrecadação extraordinária no período e apesar de todos os auxílios aprovados, os gastos do governo continuam relativamente controlados.
Por fim, o dia reserva dados de confiança do consumidor e mercado imobiliário nos EUA, ambos indicadores que têm sinalizado a maior fraqueza nos EUA, contrariando as premissas observadas nos dados do mercado de trabalho.
Tais números não tem potencial de reverter a possível elevação de 75 bp por parte do FOMC na próxima reunião, ainda.
Vamos aguardar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com investidores observando a possibilidade de recessão deter os BCs mais Hawk.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após fortes perdas nas sessões anteriores.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, à medida que os problemas de inflação superam possíveis cortes na produção da OPEP +.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,97%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0293 / -0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / 0,360%
Dólar / Yen : ¥ 138,26 / -0,260%
Libra / Dólar : US$ 1,17 / 0,205%
Dólar Fut. (1 m) : 5033,50 / -0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,72 % aa (-0,05%)
DI - Janeiro 24: 13,17 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 26: 11,90 % aa (0,85%)
DI - Janeiro 27: 11,88 % aa (0,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0216% / 112.323 pontos
Dow Jones: -0,5712% / 32.099 pontos
Nasdaq: -1,0216% / 12.018 pontos
Nikkei: 1,14% / 28.196 pontos
Hang Seng: -0,37% / 19.949 pontos
ASX 200: 0,47% / 6.998 pontos
ABERTURA
DAX: 1,905% / 13138,63 pontos
CAC 40: 1,227% / 6298,64 pontos
FTSE: 0,198% / 7441,99 pontos
Ibov. Fut.: -0,04% / 114210,00 pontos
S&P Fut.: 0,87% / 4066,25 pontos
Nasdaq Fut.: 1,197% / 12638,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,32% / 123,95 ptos
Petróleo WTI: -1,51% / $95,55
Petróleo Brent: -2,28% / $102,69
Ouro: -0,23% / $1.734,29
Minério de Ferro: -4,34% / $97,85
Soja: -1,17% / $1.510,00
Milho: -1,28% / $674,50
Café: -0,62% / $240,50
Açúcar: -0,65% / $18,33