Os balanços corporativos mais recentes novamente repetem a premissa que citamos ontem, onde a melhora dos indicadores financeiros das empresas, ou seja, o aspecto microeconômico tem seu impacto também mensurado no âmbito macroeconômico, em sendo tais resultados relativamente semelhantes.
Ainda assim, observando de perto tais resultados, os indicadores de desempenho já não se refletem tão bem com os indicadores financeiros, ou seja, diversas empresas e setores, apesar da melhora nos ganhos, começam a sinalizar próximos semestres não tão positivos.
Uma pesquisa tradicional do JPMorgan com os ultra ricos (Ultra High Net Worth Clients UHNWC) demonstra que 75% deles acredita que uma recessão nos EUA deve começar em 2 anos no máximo, ou seja, 2020.
Esta é a prospecção exatamente dos que investem e parte desta perspectiva vem das políticas adotadas pelos EUA recentemente, as quais podem trazer um desequilíbrio fiscal acentuado.
A se ver.
CENÁRIO POLÍTICO
Barbosa começa a crescer no PSB e marca encontro com os governadores para quebrar a resistência ao seu nome, principalmente após os episódios do mensalão.
Para o mercado, a preocupação será o viés de “esquerda” do possível presidenciável, principalmente em relação às pautas como reforma da previdência, tributária e abertura de mercado e acordos não protecionistas.
De certa maneira, isso seria suplantado por uma possível união com Marina Silva, que destaca uma aparente agenda liberal de reformas, com restrições a questões ambientais e privatizações, capitaneadas por Andre Lara Resende.
Ainda assim, o cenário se mostra com grande indefinição, dada à janela eleitoral muito mais curta e limites no programa de TV, onde diversos partidos devem focar principalmente em eleger bancadas e não executivas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY caem, com temporada de balanços corporativos.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após o rally observado nas bolsas ocidentais, puxadas pelos balanços.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque exceção das defensivas como ouro e prata.
O petróleo abre em alta em NY e Londres, com a redução dos estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 0,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3802 / -0,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / -0,081%
Dólar / Yen : ¥ 107,42 / 0,177%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / 0,141%
Dólar Fut. (1 m) : 3379,69 / -0,77 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,22 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,90 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 21: 7,86 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 25: 9,56 % aa (-0,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,01% / 85.776 pontos
Dow Jones: -0,16% / 24.748 pontos
Nasdaq: 0,19% / 7.295 pontos
Nikkei: 0,15% / 22.191 pontos
Hang Seng: 1,40% / 30.708 pontos
ASX 200: 0,33% / 5.881 pontos
ABERTURA
DAX: -0,081% / 12580,67 pontos
CAC 40: 0,138% / 5387,60 pontos
FTSE: 0,111% / 7325,49 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86466,00 pontos
S&P Fut.: -0,155% / 2705,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,128% / 6834,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 90,61 ptos
Petróleo WTI: 0,53% / $68,83
Petróleo Brent:0,67% / $73,97
Ouro: -0,16% / $1.347,20
Minério de Ferro: 0,65% / $64,69
Soja: 0,10% / $18,97
Milho: -0,13% / $382,50
Café: -0,26% / $114,75
Açúcar: 0,00% / $11,76