Mais um evento fora da curva do que uma situação normalizada, as vendas ao varejo ontem estão longe de reverter o cenário de atividade econômica a se recuperar no Brasil.
Nos EUA, a queda na venda de imóveis também reforça a premissa de uma atividade econômica longe do ideal, principalmente por conta de todas as externalidades em voga em nível global.
Ao curtíssimo prazo, o adiamento das conversas entre China e EUA significam também o adiamento de novas taxações, ou seja, algo positivo saindo de um evento negativo.
O Reino Unido ainda não sabe o que faz com o próprio Brexit e um adiamento do dia 29 de março para 30 de junho do cumprimento do tratado de Lisboa é a primeira vitória em meio à uma série de derrotas de Theresa May.
Apesar do também alívio temporário que o adiamento traz aos ativos internacionais, existe a necessidade da chancela de Bruxelas para que possa ocorrer, mais um ponto de volatilidade.
Infelizmente, o contexto macroeconômico está fortemente entremeado pela questão política em nível local e global e tal situação não tem prazo determinado para aliviar, nos níveis que se encontram atualmente.
Ainda que a atividade econômica dê sinais recentes mais fracos, acreditamos no potencial da aprovação da reforma da previdência, com a qual contamos para este ano e no papel que a mesma fará como um elemento de elevação da confiança dos agentes, ao ponto de atuar como um estímulo de política monetária.
Deste modo, evitamos quaisquer alterações nas nossas projeções de PIB de 2,71% para 2019, de modo a não nos influenciarmos por eventos de curto prazo, mantendo nosso foco nas perspectivas futuras.
Ainda que pareça ousada, a projeção reforça a premissa da necessidade urgente das reformas.
CENÁRIO POLÍTICO
O pior sinal que os militares poderiam emitir foi emitido, com o esboço da proposta de previdência, que inclui a recomposição salarial.
Dadas as grandes proporções de militares junto ao governo, uma reforma que não represente um ‘sacrifício’ tende a ser utilizada politicamente para enfraquecer a proposta geral.
Os setores mais sindicalizados, principalmente de servidores públicos serão os primeiros a ‘apontar dedos’, quando as propostas estiverem em discussão, daí a necessidade da criação de um texto mais draconiano do que aquele a ser apresentado.
Sem isso, o fracasso é totalmente certo, com consequências fiscais difíceis de serem mensuradas. Dominância fiscal, não esqueçam este termo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o adiamento do Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a manutenção de juros por parte do Banco do Japão.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, mesmo com os cortes contínuos da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3,56%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3.8461 / 0.77 %
Euro / Dólar : US$ 1.13 / 0.133%
Dólar / Iene : ¥ 111.75 / 0.045%
Libra / Dólar : US$ 1.33 / 0.076%
Dólar Fut. (1 m) : 3849.13 / 0.86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6.39 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6.97 % aa (0.87%)
DI - Janeiro 23: 8.08 % aa (1.25%)
DI - Janeiro 25: 8.61 % aa (1.29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0.30% / 98,605 pontos
Dow Jones: 0.03% / 25,710 pontos
Nasdaq: -0.16% / 7,631 pontos
Nikkei: 0.77% / 21,451 pontos
Hang Seng: 0.56% / 29,012 pontos
ASX 200: -0.07% / 6,175 pontos
ABERTURA
DAX: 1.022% / 11705.94 pontos
CAC 40: 1.096% / 5408.44 pontos
FTSE: 0.685% / 7234.63 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 99035.00 pontos
S&P 500 Futuros: 0.441% / 2824.70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0.639% / 7286.00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0.17% / 81.42 ptos
Petróleo WTI: -0.05% / $58.58
Petróleo Brent:-0.34% / $67.00
Ouro: 0.55% / $1,303.25
Minério de Ferro: 1.14% / $85.98
Soja: 0.08% / $16.10
Milho: -0.27% / $370.25
Café: -0.53% / $93.95
Açúcar: 0.08% / $12.40