Como não poderia ser diferente, a guerra comercial de Trump tende a fazer as manchetes novamente esta semana, principalmente pelo claro desconhecimento do presidente americano dos princípios de economia internacional.
Com isso, a tendência de que esta pretensa guerra se alastre para outros setores, como o próprio presidente tem citado em seus tweets é grande e a tensão tende a continuar no curto prazo.
Localmente, apesar das tensões e externalidades, o contexto macroeconômico continua positivo e os indicadores da semana tendem a confirmar o espaço aberto para a continuidade dos cortes de juros por parte do COPOM.
Apesar de semântico, o corte adicional de 25 bp sinaliza tanto uma boa vontade da autoridade monetária, quanto uma preocupação com os rumos da economia, devido ao adiamento das reformas em pauta no congresso, em especial a da previdência.
CENÁRIO POLÍTICO
Após oscilar numa candidatura própria, flertar com MDB e se expor em programas de tv e rádio, Meirelles parece afável a ser o vice de Alckmin na disputa pelo planalto.
Para muitos, além de ser desconhecido e possui um potencial eleitoral limitado, Meirelles teria dificuldade no trato com o congresso, caso sua candidatura se consolidasse.
Mesmo que tenha sido o artífice de diversas aprovações em ambas as casas, parte disso veio do cacife político de Temer e não do próprio Meirelles. Para o mercado, a candidatura é bem vista.
No âmbito jurídico/policial, mais uma fase da operação Carne Fraca é deflagrada, agora com mira na BRF (SA:BRFS3).
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é de altas, com os futuros NY abrem em queda, após a guerra comercial pretensamente deflagrada por Trump.
Na Ásia, o fechamento foi com perdas, com a abertura da reunião do partido comunista chinês.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a “vítima” continua a ser o minério de ferro e o ouro sobe com o dólar mais fraco.
O petróleo abre em alta em todas as praças, no aguardo da reunião da OPEP com os produtores de óleo de xisto.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 1,9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2532 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,057%
Dólar / Yen : ¥ 105,62 / -0,123%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,159%
Dólar Fut. (1 m) : 3265,89 / -0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,52 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,47 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 22: 8,90 % aa (-0,78%)
DI - Janeiro 25: 9,60 % aa (-0,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,45% / 85.761 pontos
Dow Jones: -0,29% / 24.538 pontos
Nasdaq: 1,08% / 7.258 pontos
Nikkei: -0,66% / 21.042 pontos
Hang Seng: -2,28% / 29.886 pontos
ASX 200: -0,57% / 5.895 pontos
ABERTURA
DAX: 0,810% / 12010,26 pontos
CAC 40: 0,367% / 5155,42 pontos
FTSE: 0,354% / 7094,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86516,00 pontos
S&P Fut.: -0,115% / 2687,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,143% / 6814,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 88,07 ptos
Petróleo WTI: 0,47% / $61,54
Petróleo Brent:0,40% / $64,63
Ouro: 0,20% / $1.325,42
Minério de Ferro: -2,63% / $76,36
Soja: 0,10% / $19,33
Milho: -0,66% / $375,00
Café: -1,71% / $120,35
Açúcar: 0,30% / $13,47