Esta semana, o grande destaque fica pela decisão de Donald Trump do novo nome para o Federal Reserve, em substituição à Janet Yellen. A mesma chegou a ser cotada para o cargo, porém descartada durante a semana.
Entre os nomes de John Taylor, considerado mais duro com os juros (Hawkish) e Jerome Powell, mais leniente (Dovish), Trump parece tentado ao segundo, pois acredita que juros mais baixos devem incrementar seu plano de cortes maciços de impostos.
Neste cenário, firma-se o benefício aos países emergente e mantém em alta o apetite pelo prêmio de maior risco, com dólar mais estável.
A semana também reserva mais uma reunião do FOMC, onde projeta-se estabilidade dos juros e no Brasil, além de indicadores como IGP-M, produção industrial e balança, a ata da última reunião do COPOM.
Neste ponto, ainda existem dúvidas quanto a extensão dos cortes de juros no Brasil, principalmente em vista ao contexto político, traduzidos na ausência de reformas, em especial da previdência.
CENÁRIO POLÍTICO
Temer semi-abatido antes da votação da segunda denúncia no congresso talvez explique o placar aparentemente menos favorável, porém abre espaço para o que citamos na semana anterior, o protagonismo de Maia.
O mesmo saiu em franca defesa da reforma da previdência logo após a votação, explicando a transferência de renda dos “mais pobres aos mais ricos”, ou seja, já usando a linguagem que o congresso entenda e o mesmo pode encampar a tentativa de uma aprovação light da previdência.
Temer em recuperação não é carta fora do baralho, mas ao mesmo tempo, tira parte da volatilidade que sua presença pode gerar.
No exterior, a situação também é tensa, após a dissolução das entidades catalãs pelo governo espanhol, após a declaração de independência e nos EUA, Trump tem semana decisiva com os primeiros indiciamentos ligados à questão da Rússia.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em alta, na expectativa pela divulgação de balanços. Na Ásia, o fechamento foi misto, com bolsas chinesas em queda e o restante em alta.
O dólar opera em queda consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo na maioria dos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro ganha força com o dólar em queda e o minério de ferro cai nos portos chineses.
O petróleo opera em estabilidade em ambas as praças, mesmo com a sinalização de cortes de produção.
Atenção aos resultados de ItauUnibanco, Cielo (SA:CIEL3) e SulAmérica. No exterior, Chase, Audi, BNP Paribas (PA:BNPP) e HSBC.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2356 / -1,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,224%
Dólar / Yen : ¥ 113,59 / -0,070%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,244%
Dólar Fut. (1 m) : 3253,63 / -0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,02 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,85 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 21: 9,10 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 25: 10,09 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,10% / 75.976 pontos
Dow Jones: 0,14% / 23.434 pontos
Nasdaq: 2,20% / 6.701 pontos
Nikkei: 0,01% / 22.012 pontos
Hang Seng: -0,36% / 28.336 pontos
ASX 200: 0,27% / 5.919 pontos
ABERTURA
DAX: 0,085% / 13228,80 pontos
CAC 40: 0,086% / 5498,83 pontos
FTSE: -0,128% / 7495,43 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76634,00 pontos
S&P Fut.: -0,155% / 2574,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,012% / 6216,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 86,02 ptos
Petróleo WTI: -0,09% / $53,85
Petróleo Brent:0,20% / $60,56
Ouro: -0,12% / $1.271,84
Minério de Ferro: -0,23% / $60,53
Soja: 0,44% / $18,47
Milho: 0,07% / $349,25
Café: 1,65% / $127,20
Açúcar: 0,41% / $14,69