As aguardadas decisões de juros, todas entre as que geram mais expectativas nos últimos meses devem manter a apreensão dos investidores, em especial ao Brasil e a possibilidade do primeiro corte após 16 meses de taxa estacionada.
Acreditamos que o Banco Central possa, de certa maneira, se “render ao mercado” e cortar a taxa neste momento, ainda que as premissas em voga para tal ocorrência não estejam totalmente ajustadas.
A reforma da previdência está encaminhada, mas ainda tem um trâmite político considerável até que seja vista como vitoriosa, com a possibilidade ainda em voga de alterações, dimensão e tempo.
Neste contexto, se tivermos que “apostar” em um corte, este o será de maneira comedida, ou seja, 25 bp, a metade da aposta majoritária dos analistas do mercado financeiro.
Mesmo assim, reforçam-se as dúvidas quanto à eficácia dos cortes de juros na ponta do consumidor e do empresariado, principalmente em vista aos resultados recentes de bancos, em meio à demanda constante de cortes que partiu inicialmente das grandes instituições bancárias.
Para o Fed, a batalha é outra, pois indicadores econômicos mais recentes sugerem uma economia longe de sinalizar fraqueza ou contração.
Daí a atenção também ao ADP Employment hoje, assim como ao PCE de ontem.
Na agenda corporativa, localmente Vale (SA:VALE3), Petrobrás distribuidora e Duratex (SA:DTEX3).
No exterior, Samsung, Airbus, QUALCOMM, GE, CME, BNP Paribas (PA:BNPP), MetLife, Vale, Moody's, Kraft Heinz, BBVA (MC:BBVA), Credit Suisse, Mitsui, Spotify (NYSE:SPOT), Fiat Chrysler, Panasonic, NEC, TDK, Makita e Toyota.
CENÁRIO POLÍTICO
Estados e municípios resolveram se unir para apresentar uma versão da reforma da tributária, agora na véspera do retorno do recesso parlamentar.
Para muitos governadores, o movimento seria natural, para outros, porém, pesa mais a oposição ferrenha ao governo federal do que as próprias contas.
O problema é o eterno temor de redução de receita, ainda que estudos provem que a desburocratização e até a redução de alguns impostos tem impacto positivo na coleta.
Já a da previdência continua parada, mesmo que governadores não queiram o ônus da reforma, em especial entre os servidores públicos, principais atingidos e também principal causa dos enormes rombos dos entes federativos.
Só municípios economizariam R$ 170 bi em 10 anos, segundo a Secretaria Especial de Previdência Social. Conta cara aos brasileiros.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelas decisões de juros.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, na expectativa pelo Fed e o tufão em Hong Kong e PMIs em faixa de contração na China,ainda que acima das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata.
O petróleo abre em alta, na expectativa pelo rali do Fed.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -0,50%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7909 / 0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,081%
Dólar / Yen : ¥ 108,56 / -0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,140%
Dólar Fut. (1 m) : 3789,72 / 0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,42 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 23: 6,30 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 6,84 % aa (-0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,53% / 102.933 pontos
Dow Jones: -0,09% / 27.198 pontos
Nasdaq: -0,24% / 8.274 pontos
Nikkei: -0,86% / 21.522 pontos
Hang Seng: -1,31% / 27.778 pontos
ASX 200: -0,48% / 6.813 pontos
ABERTURA
DAX: 0,170% / 12167,93 pontos
CAC 40: -0,007% / 5510,67 pontos
FTSE: -0,459% / 7611,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,52% / 103129,00 pontos
S&P Fut.: 0,209% / 3018,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,383% / 7993,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 79,14 ptos
Petróleo WTI: 0,55% / $58,37
Petróleo Brent:0,73% / $65,19
Ouro: 0,04% / $1.431,42
Minério de Ferro: 0,06% / $120,09
Soja: -1,10% / $15,35
Milho: -0,06% / $411,00
Café: -0,50% / $98,85
Açúcar: 0,33% / $12,17