Todos os olhos se voltam para a decisão do Federal Reserve dos EUA

Bem-vindo à sua leitura matinal de três minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados da Ásia subiram nesta quarta-feira, com os investidores avaliando os dados de atividade empresarial da China e a decisão do banco central do Japão de aumentar as taxas de juros de referência para 0,25%.

Economistas esperavam que o BoJ mantivesse as taxas na faixa de 0% a 0,1%, embora outros analistas esperassem um aumento. A decisão marcou a primeira alta desde dezembro de 2008. O Nikkei do Japão subiu 1,59%, fechando em 39.123,00 pontos. As vendas no varejo do país subiram 3,7% ano a ano em junho, superando as expectativas de um aumento de 3,2% de economistas pesquisados ​​pela Reuters.

A atividade fabril da China contraiu em um ritmo ligeiramente mais rápido em julho, com o índice oficial de gerentes de compras de manufatura ficando em 49,4, abaixo dos 49,5 de junho. A leitura, no entanto, superou as previsões de uma pesquisa da Reuters, que esperava que o PMI chegasse a 49,3. O CSI 300 da China continental, que agrupa ações das maiores "blue chips" de Xangai e Shenzhen, subiu 2%, fechando em 3.442,08 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 2,01%, fechando em 17.344,60 pontos e liderando os mercados asiáticos, com as ações do HSBC em Hong Kong ganhando 3% depois que o lucro do banco superou as estimativas e anunciou um programa de recompra de ações de US$ 3 bilhões.

A inflação do segundo trimestre da Austrália aumentou 1% em comparação ao último trimestre, enquanto a inflação subiu 3,8% na comparação anual. A taxa de inflação de junho também chegou a 3,8%, em linha com as expectativas e desacelerando em relação aos 4% observados em maio. O índice S&P/ASX 200 subiu 1,75%, para 8.092,30 pontos, depois que os números trimestrais do IPC ficaram em linha com as expectativas, aliviando os temores de que a inflação descontrolada forçará o Reserve Bank of Australia a aumentar as taxas de juros na próxima semana, um curso de ação que foi discutido em sua última reunião de política monetária. O banco central tem como meta uma inflação de 2% a 3% até o final de 2025. No setor de mineração, as gigantes do minério de ferro negociaram em alta. As ações da Rio Tinto (LON:RIO) subiram 2,5% depois que a empresa registrou um lucro semestral de US $ 8,9 bilhões, apesar da desaceleração da economia da China. A BHP subiu 1,8%, enquanto a Fortescue recuperou da sessão de terror de terça-feira, sendo negociada em alta de 3,2% no fechamento. Entre as empresas do setor de energia, Santos e Woodside fecharam em alta acima de 2%.

EUROPA: As bolsas europeias operam em alta, após a inflação na zona do euro aumentar inexperadamente.

A inflação na zona do euro de 20 países subii para 2,6% em julho, acima dos 2,5% em junho, informou a agência de estatísticas da União Europeia na quarta-feira. Economistas esperavam que a taxa mantivesse estável. Em junho, a inflação chegou a 2,5% em junho, diminuindo ligeiramente em relação aos 2,6% de maio. O núcleo da inflação, que exclui preços mais voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco, atingiu 2,9% em julho, contra uma estimativa de 2,8%. O número se compara à leitura de 2,9% em junho.

As taxas de inflação foram divulgadas um dia após a divulgação do produto interno bruto do segundo trimestre da zona, que, segundo o escritório de estatísticas da União Europeia, cresceu 0,3% nos três meses até o final de junho. O crescimento ficou acima do crescimento de 0,2% esperado por economistas e ocorreu mesmo com a maior economia da zona do euro, a Alemanha, relatando uma contração de 0,1%.

Os investidores agora avaliarão como os novos dados impactarão na trajetória do Banco Central Europeu para potenciais cortes futuros nas taxas de juros. O BCE manteve as taxas estáveis ​​quando se reuniu no início deste mês, após reduzi-las em junho. Na época, deixou em aberto a opção para outro corte em setembro. O Conselho Governante do BCE disse que continuaria a considerar a dinâmica e a perspectiva da inflação, bem como a força da transmissão da política monetária em sua tomada de decisão. Ele enfatizou que “não estava se comprometendo previamente com uma trajetória de taxa específica”.

O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,9% no final da sessão matinal em Londres. As ações de tecnologia avançam. As ações da ASML (AS:ASML) lideraram os ganhos, disparando 10% após uma reportagem da Reuters sugerir que a empresa poderia ser isentada de restrições de exportação em equipamentos de fabricação de chips para a China.

O alemão DAX 30 sobe 0,3% e o francês CAC 40 adiciona 1,2%.

Em Londres, o FTSE 100 avança 1,4%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (JO:AGLJ) dispara 3,7%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 3,6%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 2,2% e 1,8%, respectivamente. A petrolífera sobe mais de 2%, favorecida pela alta nos futuros do petróleo que sobem pela primeira vez em quatro sessões após um ataque israelense matar líder do Hamas no Irã.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA negociam em alta na quarta-feira, enquanto os investidores aguardam a conclusão da reunião do Federal Reserve.

No "after-market", as ações da Microsoft (NASDAQ:MSFT) caíram mais de 2%, depois de anunciar que seus negócios em nuvem decepcionaram. Por outro lado, a Advanced Micro Devices subiu mais de 7%, com os resultados do segundo trimestre superaram as previsões de consenso. A queridinha da inteligência artificial Nvidia (NASDAQ:NVDA) subiu mais de 5% pot conta do relatório da AMD (NASDAQ:AMD).

Esses movimentos seguem uma sessão mista na terça-feira, com os traders continuando a rotacionar para fora das gigantes de tecnologia. Durante a sessão regular de terça-feira, o Dow subiu 0,50%, fechando em 40.743,33 pontos. Em sentido contrário, o S&P 500 caiu 0,50%, em 5.436,44 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 1,28%, em 17.147,42 pontos, liderados por nomes de tecnologia da informação. O Russell 2000, que agrupa "small caps" também teve desempenho superior, subindo cerca de 0,35%.

Todos os olhos estão voltados para o Federal Reserve na quarta-feira, que encerra sua reunião de política monetária com um anúncio sobre as taxas de juros às 15h00 e uma coletiva de imprensa subsequente com o presidente Jerome Powell às 15h30. Muitos esperam obter informações sobre as expectativas dos formuladores para as taxas de juros nos próximos meses por meio da coletiva de imprensa e outras orientações emitidas pelo Fed após sua reunião.

Os mercados estão amplamente esperando que as taxas permaneçam inalteradas na faixa de 5,25% a 5,5% neste mês. No entanto, os "traders" estão precificando um corte de taxa em setembro e esperam por pistas do Fed sobre quão provável isso pode ser. Também permanecem questões sobre quantos cortes de taxas podem ser implementados pelo Fed neste ano. Após a reunião deste mês, mais três estão no calendário do banco central em 2024.

Na terça-feira, a Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra do Departamento do Trabalho mostrou que as vagas de emprego caíram em junho, chegando a 8,18 milhões. A taxa de contratação atingiu seu nível mais alto em quase 11 anos ao excluir dados afetados pela pandemia de Covid-19.

Os futuros de fundos do Fed estão precificando uma forte probabilidade de que as autoridades do banco central manterão as taxas estáveis ​​na faixa de 5,25% a 5,5%, de acordo com a FedWatch Tool da CME. O foco principal para os "traders", no entanto, será se Powell oferecerá algum sinal de que os cortes podem estar próximo no horizonte.

Na agenda econômico de hoje, os traders monitorarão dados econômicos sobre vagas de emprego no setor privado às 9h15, custos de emprego às 9h30, o PMI do Fed de Chicago às 10h45 e vendas pendentes de imóveis devidos às 11h00.

A temporada de balanços corporativos, eles observarão os lançamentos da Boeing (NYSE:BA) antes do sino de abertura, seguido por Albemarle, Qualcomm, Etsy e Carvana depois do fechamento do mercado.

Esses podem ser os catalisadores finais em um mês turbulento para o mercado. O S&P 500 e o Nasdaq estão caminhando para terminar julho em queda de 0,4% e 3,3%, respectivamente. O Dow e o Russell 2000 devem terminar o mês com alta de mais de 4% e 9%, respectivamente. Isso ressalta o impulso da rotação do mercado para ações menores e mais orientadas ciclicamente.

CRIPTOMOEDAS:
Bitcoin: -0,54% US $ 66.249,70
Etereum: -0,48% US $ 3.320,01

ÍNDICES FUTUROS - 7h20:
Dow: +0,34%
S&P 500: +0,89%
NASDAQ: +1,43%

COMMODITIES:
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Bent: +2,47%
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Soja: +0,84%
Ouro: +0,58%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.