A guerra comercial dos EUA com diversos alvos, o mais recente o México não teve força o suficiente para reverter o ânimo dos investidores com um possível corte de juros por parte do FOMC.
Com um elemento adicional no cenário, a criação fraca de postos de trabalho com 27.000, 10% da medição anterior e potencial de afetar as medidas do Payroll do próximo mês, os investidores vem um espaço cada vez mais aberto para o afrouxamento monetário.
O dólar ontem reagiu em nível global, após a queda abrupta após o ADP fraco, mas a tendência continua de perdas, em vista ao contexto geopolítico e econômico no curto prazo.
Agora, seria muito interessante, se em meio a todo este imbróglio internacional, tivéssemos uma surpresa.
Trump exigiu há algum tempo, um corte de juros por parte do Fed, que foi prontamente negado, principalmente pelo caráter independente da autoridade monetária.
Trump gritou, ameaçou, propôs indicar um aliado ao Fed e sem efeito.
Após tal movimento, a guerra comercial começou a ganhar contornos mais pesados e atingir diversos países, com alvo principal a China.
A surpresa interessante seria se Trump, após um corte de juros por parte do Banco Central americano, resolvesse acabar com a guerra comercial, cortar a maior parte das tarifas a zero e retomar o crescimento dos EUA.
Ele teria o corte de juros que tanto almeja, daria um forte fôlego renovado às bolsas de valores, ao mesmo tempo em que estimularia a economia americana.
É provável que não aconteça, mas com Trump, tudo parece possível.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre as discussões sobre o valor dos créditos suplementares (R$ 248,9 bi), praticamente para evitar um ‘shutdown’ do governo nos moldes do que acontece nos EUA, alteração do teto dos gastos para retirar os investimentos da conta (não confirmado), o congresso aprovou o orçamento impositivo, que prevê a obrigatoriedade de executar emendas de bancada e um limite de tempo para votação de MPs.
Entre notícias positivas e nem tanto ao governo, as atenções também se voltam à votação no STF da necessidade de anuência do congresso para venda de ativos do governo e privatizações, com prevista vitória do governo, ainda que apertada.
Ainda hoje, devem entrar na pauta a reedição da MP do saneamento que perdeu o prazo nas casas e o governo começa a contabilizar votos acima do necessário para aprovação da previdência.
Após dias difíceis, os avanços parecem continuar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, os sinais de cortes de juros pelo Fed.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após o forte rally de Wall Street.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio.
O petróleo abre em alta, após as fortes quedas de ontem.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -1,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8812 / 0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,107%
Dólar / Yen : ¥ 108,21 / -0,230%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,110%
Dólar Fut. (1 m) : 3887,82 / 0,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 6,25 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,48 % aa (1,57%)
DI - Janeiro 23: 7,44 % aa (1,92%)
DI - Janeiro 25: 8,01 % aa (2,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,42% / 95.999 pontos
Dow Jones: 0,82% / 25.540 pontos
Nasdaq: 0,64% / 7.575 pontos
Nikkei: -0,01% / 20.774 pontos
Hang Seng: 0,26% / 26.965 pontos
ASX 200: 0,38% / 6.383 pontos
ABERTURA
DAX: 0,651% / 12058,85 pontos
CAC 40: 0,684% / 5328,19 pontos
FTSE: 0,679% / 7269,27 pontos
Ibov. Fut.: -1,38% / 96192,00 pontos
S&P Fut.: 0,297% / 2836,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,418% / 7258,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,35% / 76,75 ptos
Petróleo WTI: 0,75% / $52,07
Petróleo Brent:0,84% / $61,14
Ouro: 0,44% / $1.336,18
Minério de Ferro: -0,07% / $98,32
Soja: -0,97% / $15,36
Milho: -0,36% / $413,25
Café: 0,20% / $99,30
Açúcar: 1,15% / $12,34