Continua a volatilidade em alta na abertura dos negócios, dentro das expectativas com o resultado da reunião do COPOM hoje, onde os juros devem ser reduzidos aos inéditos 6,75% aa.
Apesar dos desafios impostos pela questão estrutural, notadamente a ausência de reformas de caráter fiscal e da previdência, o Banco Central deve colocar em debate pontos importantes na questão monetária, com os menores juros desde a adoção das metas de inflação no Brasil.
Entre as discussões estão o que seriam os juros reais de equilíbrio, dado o atual contexto de recuperação econômica; o quanto de espaço ainda existe para o fechamento do hiato do produto, dado um PIB potencial fraco que temos como emergente; e se ainda existe espaço para juros nominais acima de dois dígitos, depois de diversas ações microeconômicas da fazenda e do BC+, além da própria TLP.
É neste contexto inédito que o Brasil entra num mundo novo de juros excecionalmente baixo para padrões locais, aliada à uma inflação também excepcionalmente baixa para padrões locais.
Para um “mundo ideal”, já teríamos aprovado a reforma da previdência e estaríamos discutindo a tributária. Só que o mundo não é ideal.
CENÁRIO POLÍTICO
Ao assumir ontem o TSE, o ministro Fux diz que candidato ficha-suja é “irregistrável” e reforça lei da ficha limpa, que praticamente barra Lula.
Existe muita preocupação do mercado sobre a questão da prisão em segunda instância, como se isso fosse o mote para evitar a eventual candidatura do ex-presidente.
Todavia, a declaração de Fux joga uma luz no processo e apesar da importância simbólica para o país de uma prisão desta magnitude (como a de Cabral e Maluf também e quem sabe no futuro, Aécio e co.), o importante é evitar um condenado com possibilidade de comandar um país.
O atual cenário de indefinição política deve incrementar a volatilidade dos ativos locais daqui até o final do ano, todavia é mais importante neste momento cuidarmos dos avanços com as reformas do que a eleição em si, pois o risco de rebaixamento (mais um) é eminente, conforme citou a agência Fitch ontem.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em queda, com o mercado ainda confuso sobre os eventos dos últimos dois dias. Na Ásia, o fechamento foi em queda, não seguindo o ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, após um período de alta durante a manhã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2349 / -0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / -0,210%
Dólar / Yen : ¥ 109,07 / -0,447%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,215%
Dólar Fut. (1 m) : 3251,48 / 0,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,07 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 22: 9,34 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 25: 9,92 % aa (-0,70%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,48% / 83.894 pontos
Dow Jones: 2,33% / 24.913 pontos
Nasdaq: 2,13% / 7.116 pontos
Nikkei: 0,16% / 21.645 pontos
Hang Seng: -0,89% / 30.323 pontos
ASX 200: 0,75% / 5.877 pontos
ABERTURA
DAX: 0,563% / 12462,40 pontos
CAC 40: 0,569% / 5191,19 pontos
FTSE: 0,625% / 7186,03 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84330,00 pontos
S&P Fut.: -0,798% / 2672,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,785% / 6601,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,27% / 88,34 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $63,28
Petróleo Brent:-0,22% / $66,72
Ouro: 0,35% / $1.328,86
Minério de Ferro: 0,16% / $74,55
Soja: 1,89% / $18,32
Milho: 0,28% / $364,75
Café: 2,55% / $122,85
Açúcar: -0,14% / $13,73