Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 25 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Petróleo oscila e OPEP parece pronta para concordar com extensão de 9 meses
Preços do petróleo oscilavam entre fortes ganhos e perdas no pregão volátil desta quinta-feira após o ministro de energia da Arábia Saudita indicar que a OPEP estenderá seu pacto atual de cortes na produção por mais nove meses.
Os preços do petróleo caíram aos níveis mais baixos da sessão após Khalid al-Falih afirmar que a OPEP e produtores externos à organização provavelmente decidirão estender os cortes na produção por nove meses, porém os manterão no mesmo nível.
Ao falar antes da reunião de ministros do petróleo da OPEP e de outros grandes países produtores em Viena nesta quinta-feira, o ministro saudita de energia acrescentou que o consenso é de que cortes mais profundos não são necessários agora.
O petróleo dos EUA tinha o barril negociado a US$ 50,98 às 6h45 (horário de Brasília), uma queda de US$ 0,38 ou cerca de 0,8%. A referência norte-americana subiu mais de 1% e atingiu US$ 52,00 durante a noite, seu nível mais forte desde 19 de abril.
Enquanto isso, o petróleo Brent caía US$ 0,31 para US$ 53,65, recuando da máxima da sessão de US$ 54,67.
2. Apostas em aumentos dos juros caem após Fed sinalizar endurecimento gradual
Agentes do mercado reduziam suas apostas de mais dois aumentos da taxas de juros pelo Federal Reserve até o final do ano após algumas atas conciliadoras que sinalizavam uma abordagem cautelosa para futuros aumentos dos juros.
Operadores de futuros apostam em cerca de 77% de chances de aumento da taxa de juros em junho na reunião do Fed, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Já com relação a um segundo aumento até dezembro, as chances são vistas em 40%.
As atas da última reunião de política monetária do Fed mostraram que os decisores concordaram que eles deveriam adiar a elevação das taxas de juros até que ficasse claro que a desaceleração recente na economia norte-americana é temporária, embora muitos afirmem que um aumento acontecerá logo. As atas também mostraram que os decisores foram favoráveis à redução gradual de seu balanço patrimonial enorme de US$ 4,5 trilhões.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,1% para 97,05 nas negociações durante a manhã em Nova York, não muito distante de 96,70, mínima de seis meses e meio atingida no início da semana.
Com relação a dados, o calendário de quinta-feira traz relatório sobre os pedidos contínuos de seguro desemprego às 9h30 (horário de Brasília), e também uma leitura sobre a balança comercial de bens.
3. Bolsas do mundo em alta após atas do Fed, OPEP em foco
Bolsas do mundo inteiro estavam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, já que investidores analisavam as últimas atas do Federal Reserve e grandes produtores de petróleo estão em um uma reunião muito observada em Viena.
As bolsas asiáticas atingiram máximas de dois anos, com o Nikkei do Japão encerrando em alta de cerca de 0,3%, ao passo que o Shanghai Composite na China subiu cerca de 1,5%.
Na Europa, as bolsas por todo o continente subiam de volta em direção ao nível mais alto em 21 meses, com o DAX da Alemanha subindo 0,1% nas negociações durante a metade da manhã, enquanto o FTSE 100 ganhava 0,1%.
Em Wall Street, o blue chip futuros do Dow apontava para uma abertura com aumento de 77 pontos, ou cerca de 0,4%, os futuros do S&P 500 subiam 7 pontos, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 19 pontos.
A maioria dos resultados já foi divulgada até agora, porém varejistas como Sears Holdings (NASDAQ:SHLD), Abercrombie & Fitch (NYSE:ANF), Dollar Tree (NASDAQ:DLTR), Signet Jewelers (NYSE:SIG), Burlington Stores (NYSE:BURL), Best Buy (NYSE:BBY) e Costco (NASDAQ:COST) estão entre empresas que divulgarão seus números nesta quinta-feira.
4. Crescimento econômico do Reino Unido revisto para baixo no primeiro trimestre
A economia britânica desacelerou mais do que o previsto nos primeiros três meses de 2017, crescendo em seu ritmo mais lento em um ano pois a inflação crescente teve reflexos nos gastos das famílias, conforme números oficiais divulgados nesta quinta-feira.
O produto interno bruto cresceu apenas 0,2% em comparação à estatística prévia de 0,3%, afirmou o Escritório de Estatísticas Nacionais do país (ONS, na sigla em inglês). No início de 2017, o crescimento em um ano caiu para 2,0% a partir da estimativa inicial de 2,1% de crescimento. A maioria dos economistas tinha projetado que a taxa de crescimento permaneceria inalterada.
A libra era negociada a 1,2955 frente ao dólar, caindo a partir de 1,2995 mais cedo (GBP/USD). Frente ao euro, a libra estava cotada a 0,8661, em comparação a 0,8651 mais cedo (EUR/GBP).
5. Rali do Bitcoin continua e moeda ultrapassa US$ 2.600
O bitcoin ultrapassou o nível de US$ 2.600 pela primeira vez nesta quinta-feira e atingiu nova máxima histórica, já que o rali impressionante continua em meio a ruídos otimistas sobre o futuro da moeda.
Preços da moeda digital subiram para o pico do dia de US$ 2.694,99 na itBit, corretora de Nova York, valor mais alto já registrado. Outras grandes corretoras como Poloniex, BTC-e, Bitfinex, Kraken e BitStamp também apresentavam a criptomoeda em torno do nível de US$ 2.600 no início desta terça-feira.
Os preços em maio já estão 60% mais altos até o momento. Desde o início do ano, o preço do bitcoin subiu 180%, levando o valor total em circulação da criptomoeda para mais de US$ 43 bilhões.