Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 6 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Dados de empregos e atividade do setor de serviços em foco
Antes do relatório de empregos da próxima sexta-feira, investidores se concentrarão nos dados do mercado de trabalho como tentativa de ajuste aos iminentes dados do governo.
A ADP, empresa privada de processamento de folhas de pagamento, divulgará seu relatório sobre variação de empregos em junho às 09h15 (horário de Brasília) em meio a expectativas de criação de 185.000 empregos.
Embora o relatório da ADP normalmente tenha grandes divergências em relação aos dados do governo, ele ainda é considerado um importante indicador do mercado de trabalho norte-americano.
Ainda sobre empregos, agentes do mercado também assimilarão os pedidos semanais de seguro-desemprego às 09h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira.
Às 11h (horário de Brasília), o setor de serviços estará em foco pois o Instituto de Gestão de Provisões (ISM, na sigla em inglês) divulgará seu índice da atividade dos gestores de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor não industrial para o mês de junho.
2. Petróleo salta 1% com dados dos estoques; dados oficiais a caminho
Os preços do petróleo ganhavam terreno novamente nesta quinta-feira, saltando mais de 1%, após um relatório do setor divulgado no fim da sessão anterior mostrar uma redução maior do que se esperava em estoques de petróleo bruto.
No fim da quarta-feira, dados do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, mostraram que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram diminuição inesperada de 5,8 milhões de barris no final da última semana.
A Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo às 12h00 (horário de Brasília) nesta quinta-feira com expectativas de redução de 2,28 milhões de barris.
Ambos relatórios são divulgados um dia após o normal devido ao feriado do Dia da Independência dos EUA, na última terça-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 1,51%, atingindo US$ 45,81 às 06h05 em horário local (07h05 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,38%, com o barril negociado a US$ 48,45.
3. Questões geopolíticas em observação
Agentes do mercado estavam atentos a questões ligadas às relações internacionais uma vez que o ministro das relações exteriores da China pediu na quinta-feira que todos os lados permaneçam calmos e que se contenham após os Estados Unidos afirmarem que estão prontos para usar a força, caso necessário, para interromper o programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte.
Dessa forma, agentes do mercado também estão de olho nos desdobramentos mesmo com Donald Trump, presidente norte-americano, visitando a Polônia para se reunir com aliados da OTAN.
Isso ocorreu antes da reunião de cúpula do G20 em Hamburgo, Alemanha, na sexta-feira e no sábado. Ângela Merkel, chanceler alemã, afirmou esperar que haja "discussões difíceis" uma vez que o ministro das relações exteriores de seu país afirmou que Trump poderia "iniciar uma guerra comercial com a Europa".
4. Bolsas de todo o mundo majoritariamente em baixa após atas do Fed com Coreia do Norte e G20 no radar
Bolsas de valores de todo o mundo negociavam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira uma vez que os mercados assimilavam as atas da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) e estavam de olho em questões geopolíticas.
As atas divulgadas na quarta-feira, após o fechamento do mercado europeu, mostraram que os decisores do Fed estavam cada vez mais divididos a respeito da perspectiva de inflação e como isso afetaria o andamento futuro dos aumentos das taxas de juros.
Participantes do mercado acompanhavam de perto os desdobramentos políticos envolvendo o lançamento feito pela Coreia do Norte, no início dessa semana, de um míssil balístico intercontinental com os EUA declarando estarem preparados para responder com força.
Mercados também aguardavam o início da reunião de 2 dias do G20, com atenção especial à dúvida se Donald Trump, presidente norte-americano, seguirá um caminho protecionista nos acordos comerciais mundiais.
Nesse contexto, bolsas europeias negociaram majoritariamente em baixa nesta quarta-feira. Às 07h06 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 registrava redução de 1,02%, enquanto o DAX da Alemanha caía 0,74%, o CAC 40 da França recuava 0,95% e o FTSE 100 de Londres negociava em baixa de 0,69%.
Mais cedo, bolsas asiáticas encerraram desiguais, com o Shanghai Composite da China em alta de cerca de 0,2%, mas o Nikkei do Japão fechando em baixa de 0,5%.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa em Wall Street, à espera de dados econômicos. Às 06h09 em horário local (07h09 em horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow recuava 0,29%, os futuros do S&P 500 recuavam 0,40% e os futuros do Nasdaq 100 eram negociados em baixa de 0,78%.
5. Rendimento de títulos do Tesouro alemão atingem máxima de 17 meses com atas do BCE em pauta
O rendimento do título do Tesouro alemão com vencimento em 10 anos saltou 15%, ou 7 pontos base, para 0,544% nesta quinta-feira, o nível mais alto desde janeiro de 2016.
Mercados aguardavam as atas da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que serão divulgadas às 08h30 (horário de Brasília).
Na semana passada, comentários de Mario Draghi, presidente do BCE, sacudiram os mercados por conta da interpretação de que o líder da autoridade monetária da zona do euro teria se tornado mais agressivo, favorável ao endurecimento da política monetária.
"Fontes" do BCE tiveram que vazar a opinião de que os mercados teriam interpretado erroneamente a mensagem.
Nesse sentido, investidores provavelmente prestarão muita atenção às atas, que tendem a passar despercebidas, na busca de indicações de qualquer discussão de mudanças futuras na forward guidance do BCE ou possíveis indícios sobre plano de reduzir a compra de ativos.