Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 14 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Trump promete negociar com Xi no G20 e prevê bom resultado
O presidente dos EUA Donald Trump disse que ele espera se reunir com o presidente chinês Xi Jinping no encontro do G20 marcado para 28 e 29 de junho. “Isso será, eu acho, provavelmente uma reunião bem produtiva”, disse Trump.
O presidente dos EUA também previu que o resultado das negociações comerciais seria conhecido em “três a quatro semanas”
O governo da China também se pronunciou nesta terça e disse que os dois lados continuam a negociar, estimulando as apostas de que a escalada nas tensões poderia ser interrompida.
O tom mais otimista pareceu ter reanimado os que acreditam em um acordo entre as duas maiores economias globais, apesar de Trump ter pedido para que os chineses reduzissem o tom e não retaliassem. “Pode haver alguma retaliação, mas não tem como ser substancial”, afirmou o presidente a repórteres na Casa Branca.
Pequim anunciou na segunda-feira que imporia tarifas de 20% a 25% sobre US$ 60 bilhões de produtos importados dos EUA, em uma retaliação sobre a elevação de taxas sobre suas venda.
Ontem, o governo dos EUA divulgou uma lista de cerca de US$ 300 bilhões de produtos importados da China que poderiam ter as tarifas elevadas para até 25%, incluindo smartphones e brinquedos.
2. Ações asiáticas cedem, EUA e Europa estáveis
O grande sell-off de Wall Street ontem - que provocou a maior queda no Nasdaq neste ano e a pior performance no Dow e no S&P 500 desde 3 de janeiro - derrubou os papéis asiáticos para a mínima em três meses e meio nesta terça-feira (14).
Os traders zeraram as perdas no final do pregão, permitindo que o mercado europeu tivesse uma recuperação modesta do fechamento de ontem.
Os futuros dos EUA também operam no positivo após os comentários de Trump. Os futuros do Dow avançavam 170 pontos, ou 0,67%, às 8h30, enquanto os futuros do S&P 500 subiam 22 pontos, ou 0,8%, e os futuros do Nasdaq operavam em alta de 68 pontos, ou 0,9%.
A guerra comercial deverá ofuscar os dados de importação e exportação de abril, com publicação prevista para hoje. O mercado também acompanhará as falas do presidente do Fed de Nova York, John Williams; de Kansas City, Ester George; e de São Francisco, Mary Daly.
Já nos balanços, a expectativa é para os números da Ralph Lauren (NYSE:RL) antes da abertura, enquanto as empresas de maconha Tilray (NASDAQ:TLRY) e Aurora Cannabis (NYSE:ACB) publicam seus resultados após o fechamento.
3. Fala de Trump provoca reversão na direção dos preços de diversos ativos
A maioria das classes de ativos que cederam na segunda-feira com a escalada da guerra comercial tem um dia de alívio hoje.
Após tocarem na mínima de mais de uma década na sequência de duas semanas de perdas, os futuros da soja mostra uma leve recuperação nesta terça-feira. As tarifas retaliatórias da China, o maior importador da commodity, provavelmente vai atingir o produto, deixando fazendeiros dos EUA com grande oferta não vendida.
A demanda por portos-seguros também ficou menor. O iene japonês e o franco suíço cederam das máximas recentes frente ao dólar, enquanto o futuro do ouro perdeu o patamar de US$ 1.300, encerrando uma sequência de três dias de alta.
Os títulos dos EUA também viram sua sorte mudar. O rendimento no papel de 10 anos recuperaram acima dos 2,4%, menor valor desde março, para ser negociado aos 2,41%.
4. CEO da Uber adverte de tempos mais difíceis à frente para o papel
O diretor executivo da Uber (NYSE: UBER), Dara Khosrowshahi, advertiu que as ações da empresa recém listadas em Wall Street poderão permanecer sob pressão nos próximos meses.
"O sentimento não muda da noite para o dia, e eu espero alguns tempos difíceis no mercado nos próximos meses", admitiu o executivo em um memorando aos funcionários depois que a empresa perdeu outros 10,8% em seu segundo dia de negociações na sessão de segunda-feira. Os papéis da Uber devem abrir em alta de 2,4% a US$ 38,00 por ação nesta terça-feira, uma queda de 15,6% em relação ao preço do IPO realizado na semana passada.
"Temos todo o capital de que precisamos para melhorar as margens e os lucros", disse Khosrowshahi.
5. Preços do petróleo caem antes do relatório da OPEP e dados de estoque nos EUA
O petróleo estava a caminho de uma quarta sessão consecutiva de perdas nesta terça-feira, dia que será publicado relatório mensal da OPEP e divulgado dados semanais sobre os estoques de petróleo dos EUA. Porém, após a abertura, os futuros do petróleo negociados em Londres e Nova York recuperavam das perdas e operavam em alta.
O petróleo WTI ganhava 62 centavos, ou 1,02%, para US$ 61,66 às 8:30 (horário de Brasília), enquanto o Brent se afastava do suporte de US$ 70, subindo 89 centavos, ou 1,27%, para US $ 71,14.
O analista sênior de commodities da Investing.com Barani Krishnan espera que a Opep "defenda vigorosamente os cortes de produção em seu relatório mensal ... já que a Arábia Saudita, membro dominante, mostra que não está de bom humor para desistir dos altos preços que tem trabalhado duro para adquirir desde o inverno no Hemisfério Norte”.
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Krishnan também observou que o relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) na quarta-feira (15) "também pode sustentar o argumento da Opep ao projetar uma demanda mais fraca por petróleo".
A demanda branda em meio a estoques globais relativamente altos apoiaria os argumentos da Arábia Saudita para não aumentar a produção. Sob essa luz, o American Petroleum Institute apresentará relatórios sobre estoques brutos semanais nos EUA nesta terça-feira. Para os dados oficiais do governo de quarta-feira, o consenso é para um é queda de 2,13 milhões de barris nos estoques.