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ABERTURA: Ibovespa futuro abre em alta apesar de exterior negativo com geopolítica

Publicado 22.07.2020, 09:02
© Reuters.
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Por Gabriel Codas

Investing.com - O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta quarta-feira com alta, indo na contramão do exterior, e prosseguindo a divergência de rumos dos índices na véspera. Hoje houve reversão de tendência: após fechar no vermelho na véspera, o Ibovespa Futuros opera em alta de 0,2% aos 104.592 pontos, enquanto que o dólar caía 0,17% a R$ 5,1630.

O dia é de cautela para os mercados com o clima mais tenso entre Estados Unidos e China, que leva os índices futuros de Wall Street a ter direção mista e à queda das bolsas europeias, depois que o Departamento de Estado americano ordenou o fechamento da embaixada chinesa na cidade de Houston, no Texas, alegando ameaças à propriedade intelectual e à segurança de informações.

Diante desse movimento, o governo chinês condenou e prometeu uma “resposta à altura” caso a decisão não seja reavaliada. Isso faz que aumente a aversão ao risco, também munidos da alta nos casos de Covid-19 nos EUA e da demora na negociação de um novo pacote de ajuda no Congresso americano.

- Cenário Interno

Sondagem da Indústria

A prévia da confiança da indústria brasileira registrou um salto em julho, indicando que o setor está a caminho de recuperar boa parte das perdas sofridas no auge das paralisações causadas pela pandemia de coronavírus, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas.

O resultado preliminar da Sondagem da Indústria sinaliza que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) deve avançar 12,5 pontos em junho, a 90,1 pontos. Caso esse resultado se confirme, o índice terá recuperado 74% das perdas observadas entre março e abril, no ponto mais crítico das interrupções econômicas de contenção da Covid-19.

“O aumento da confiança nesta prévia ocorre pela melhora da avaliação dos empresários em relação ao presente e, principalmente, das expectativas em relação aos próximos meses”, disse a FGV em nota.

Reforma tributária

O governo encaminhou ao Congresso nesta terça-feira sua aguardada proposta de reforma tributária, que contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA), a chamada Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), cuja alíquota proposta é de 12%.

O projeto de lei, contudo, manteve regimes diferenciados para uma série de situações. De um lado, itens da cesta básica continuaram com desoneração, na contramão de sinalização que já havia sido dada pelo Ministério da Economia em diversas ocasiões. Também permanecem como são hoje as regras para o Simples Nacional, para a Zona Franca de Manaus e para o regime agrícola.

Ficarão isentas da CBS a venda de imóveis residenciais para pessoas físicas, as receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte público coletivo e as operações de cooperativas. Além disso, entidades financeiras vão manter a forma de apuração antiga com alíquota de 5,8%.

Coronavírus

O Brasil registrou nesta terça-feira 41.008 novos casos de coronavírus, o que eleva o total de infecções no país a 2.159.654, e mais 1.367 óbitos em decorrência da Covid-19, atingindo uma contagem total de 81.487 mortes, informou o Ministério da Saúde.

A notificação de óbitos é a mais alta para um único dia em quase um mês, além de ser a terceira mais elevada desde o início da pandemia, atrás somente dos dias 4 de junho (1.473 mortes) e 23 de junho (1.374 óbitos).

- Cenário Externo

Japão

O governo do Japão melhorou ligeiramente sua visão econômica pelo segundo mês seguido em julho, embora autoridades admitam que a situação continua grave diante do novo aumento nos casos de coronavírus em muitas partes do mundo.

O governo descreveu a terceira maior economia do mundo como “mostrando sinais de aceleração” da recessão provocada pela Covid-19, destacando um otimismo cauteloso entre autoridades conforme mais países começam a reabrir suas economias.

Analistas dizem que a demanda mundial por carros e outros bens duráveis não deve se recuperar com força dada a ressurgência dos casos de coronavírus nas principais economias.

“A economia japonesa permanece em situação grave devido ao novo coronavírus, mas está mostrando sinais de aceleração recentemente”, disse o governo em seu relatório econômico de julho.

Europa

O Parlamento Europeu vai buscar esclarecimentos sobre a vinculação do fundo de recuperação do coronavírus a valores democráticos após a questão ter ficado em aberto nas discussões entre líderes europeus em cúpula da União Europeia esta semana, afirmou o presidente do Parlamento nesta quarta-feira.

“Precisamos ver exatamente quais medidas de intervenção serão usadas para sustentar isso”, disse David Sassoli. “Não podemos apoiar uma redução em nossas expectativas de valores compartilhados.”

“Achamos que essa é uma questão em aberto, queremos participar. Aqui não ficaremos satisfeitos com apenas menções de princípios.”

Questionado se o Parlamento poderia bloquear o acordo feito na cúpula sobre o orçamento de longo prazo e o fundo de recuperação da UE, Sassoli disse que está determinado a fazer com que o Parlamento Europeu seja respeitado.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,58%, a 22.751 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,25%, a 25.057 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,37%, a 3.333 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,50%, a 4.714 pontos.

Os mercados europeus operam em queda nesta quarta-feira, com o DAX, de Frankfurt, recuando 0,32% aos 13.129 pontos, enquanto que o FTSE, de Londres, cai 0,73% aos 6.233 pontos. Já em Paris, o CAC perde 0,95% aos 5.055 pontos.

Em Nova York, o S&P 500 Futuros era negociado em baixa de 4 pontos, ou 0,1%, o Nasdaq Futuros avançava 0,14%, e o contrato Dow Futuros caía 55 pontos, ou 0,2%.

COMMODITIES

A sessão desta quarta-feira foi marcada por uma nova alta nos preços dos contratos futuros dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para o mês de setembro do presente calendário, somou 1,14% aos 841,50 iuanes por tonelada, o que representa um recuo de 9,50 iuanes em relação aos 832,00 iuanes de liquidação da véspera.

Na mesma direção, a jornada teve como principal característica a valorização dos preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com o mais volume, com data de entrega para outubro deste ano, ganhou 49 iuanes para 3.782 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro de 2021 subiu 52 iuanes para 3.642 iuanes para cada tonelada.

No caso do petróleo, depois do avanço da véspera, o dia é de perdas para o produto. O barril do tipo Brent, de Londres, recua 1,31%, ou US$ 0,58, a US$ 43,74. Já o WTI, referência negociadas em Nova York, tem desvalorização de 1,50%, ou US$ 0,63, a US$ 41,29.

MERCADO CORPORATIVO

- Eletrobras (SA:ELET3)

O governo do presidente Jair Bolsonaro poderá criar uma nova estatal como parte de seus planos para privatizar a Eletrobras, maior elétrica da América Latina, segundo documentos divulgados na noite de terça-feira pela empresa ao mercado.

O Ministério de Minas e Energia solicitou a inclusão de 4 bilhões de reais no orçamento de 2021 para prever recursos “caso se faça necessária” a nova empresa pública, de acordo com ofício enviado à estatal e tornado público pela empresa.

O documento, assinado pela secretária-executiva da pasta Marisete Pereira, destaca que o projeto de lei que propõe a desestatização prevê criação de uma estatal que ficaria com ativos como a usina binacional de Itaipu e o complexo nuclear de Angra dos Reis, além de programas de governo no setor elétrico.

“Caso o Congresso Nacional aprove o projeto de lei 5.877 de 2019 (da privatização) até 2021, a previsão de tais recursos na referida lei Orçamentária se faz indispensável”, afirma o ofício, ao ressaltar que o lançamento da nova empresa só aconteceria em caso de aprovação da proposta para a Eletrobras.

- Petrobras (SA:PETR4)

A produção total de petróleo e gás da Petrobras somou 2,8 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no segundo trimestre, queda de 3,7% ante os três primeiros meses do ano, com impacto da pandemia de coronavírus nas operações, disse a empresa nesta terça-feira em seu relatório trimestral.

Já a produção de petróleo no Brasil recuou 3,2% na mesma comparação, para 2,245 milhões de barris ao dia.

Segundo a estatal, o recuo ocorreu principalmente em função dos impactos oriundos da pandemia da Covid-19, que resultaram em hibernação das plataformas que operam em águas rasas e não são resilientes a baixos preços de petróleo.

Além disso, a empresa interrompeu temporariamente, em função de casos de coronavírus, a produção nos FPSOs Cidade de Santos, Cidade de Angra dos Reis e Cidade de Mangaratiba, na Bacia de Santos, e no FPSO Capixaba, na Bacia de Campos.

A produção nos campos do pré-sal foi 1% inferior ao trimestre anterior, com a interrupção da extração na área de Tupi para desinfecção nos FPSOs Cidade de Angra dos Reis, de 05 a 17 de maio, e Cidade de Mangaratiba, de 30 de abril a 10 de maio.

Arbitragem

A Petrobras informou nesta terça-feira que ingressou com ação judicial para anulação de sentença arbitral parcial proferida em arbitragem instaurada pelos fundos Petros e Previ, que tramita perante a Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM), da B3.

Segundo comunicado, a ação judicial tramita em segredo de justiça, em respeito às regras da CAM.

“A Petrobras reitera que seguirá buscando a anulação definitiva da sentença parcial, por suas graves falhas e impropriedades, e continuará a se defender vigorosamente, em respeito a seus atuais acionistas, em todas as arbitragens de que é parte”, disse a companhia, sem dar mais detalhes.

- Neoenergia (SA:NEOE3)

A Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola (MC:IBE), viu o lucro do segundo trimestre recuar 18% na comparação anual, para 423 milhões de reais, principalmente com impactos do coronavírus em suas distribuidoras de energia, que tiveram queda em volumes e aumento na inadimplência em meio à pandemia.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização(Ebitda) também teve forte retração, de 19% ano a ano, ao somar 1,1 bilhão de reais, mas a companhia não pretende cortar investimentos, disse à Reuters o presidente-executivo, Mario Ruiz-Tagle.

A elétrica tem um ambicioso plano de aportes de 30 bilhões de reais em cinco anos, que deverá ser mantido, mas com uma reprogramação dos valores entre suas áreas de negócios, acrescentou o executivo.

“Vamos acelerar investimentos em outras áreas, mas na parte de expansão da rede de distribuição vamos tirar, porque hoje não tem um mercado que justifique essa expansão da rede que havíamos programado”, explicou.

- Mineração

O faturamento do setor de mineração do Brasil deverá crescer com preços melhores dos principais produtos extraídos do país, como minério de ferro, ouro e cobre, disseram dirigentes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), durante teleconferência com jornalistas nesta terça-feira.

O aumento no faturamento pode ocorrer apesar de restrições para a produção de minério de ferro, principal produto mineral do país, seja por impacto da pandemia nas empresas, o que reduz o efetivo de trabalhadores, ou por dificuldades para retomar minas paralisadas, como é o caso da Vale (SA:VALE3).

“Não devemos esperar acréscimo muito grande (no faturamento) ante o ano passado, mas não há perspectiva de que os preços vão ceder... a China está consumindo muito, não acredito em queda brusca no preços... Não dá pra imaginar que será menor (o faturamento) que em 2019”, disse o presidente do conselho deliberativo do Ibram, Wilson Brumer.

Ele não forneceu previsões numéricas. No ano passado, o setor de mineração do Brasil faturou 153,4 bilhões de reais.

“Os preços estão em níveis bastante expressivos, principalmente se considerarmos que há países em que a produção de aço ainda não retornou”, disse ele. “Hoje ainda estamos muito concentrados na Ásia”, completou, referindo-se ao minério de ferro.

- Rumo (SA:RAIL3)

A Rumo informou nesta terça-feira que seu conselho de administração aprovou pedir à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a relicitação da Malha Oeste.

Braço de logística do grupo de energia Cosan (SA:CSAN3), a Rumo opera a ferrovia de 1.945 quilômetros que vai da cidade paulista de Mairinque até Corumbá, extremo oeste do Mato Grosso do Sul, perto da fronteira brasileira com a Bolívia.

- Setor elétrico

Um empréstimo de cerca de 15 bilhões de reais viabilizado pelo governo junto a um grupo de bancos para apoiar o caixa de distribuidoras de energia em meio aos impactos do coronavírus sobre o setor será liberado em sete parcelas, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira.

A operação, cujos custos serão repassados aos consumidores ao longo dos próximos cinco anos, terá o primeiro desembolso para as empresas em 31 de julho e o segundo em 10 de agosto, segundo contrato aprovado pela diretoria do órgão regulador.

A partir de setembro, haveria uma liberação por mês até dezembro, quando seriam pagas às elétricas duas parcelas, uma em 9 de dezembro e outra em 28 de dezembro, ainda segundo informações da agência.

Após um período de carência, o financiamento começará a ser quitado pelas distribuidoras a partir de junho de 2021, por meio de recursos obtidos com encargo cobrado nas tarifas dos consumidores. O último pagamento é previsto para 15 de dezembro de 2025.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

Cumprindo agenda por videoconferência, o presidente da República se reúne com Fernando Azevedo, Ministro da Defesa. Na tarde da tarde, a conversa será com Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo e com os deputados Dr. Luiz Ovando (PSL/MS) e Coronel Armando (PSL/SC), Vice-Líder do Governo na Câmara dos Deputados.

- Paulo Guedes

Mais uma vez, o site do Ministério da Economia não traz informações sobre a agenda do ministro para a quarta-feira.

(Com contribuição de Reuters)

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