Investing.com - O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em baixa nesta segunda-feira, já que investidores viram que o fracasso do presidente Donald Trump em obter apoio suficiente para revogar e substituir o sistema de saúde foi um indicador de problemas que ele possa ter no futuro com outras promessas fiscais, como reforma tributária ou gastos com infraestrutura.
O blue chip futuros do Dow caía 129 pontos, ou 0,63%, às 6h57 em horário local (7h57 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 perdiam 19 pontos, ou 0,80%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha baixa de 37 pontos ou 0,69%.
Em um ambiente de aversão ao risco, ativos considerados portos seguros como o iene japonês e metais preciosos estavam em demanda; o dólar foi abalado.
O dólar caiu frente uma cesta de moedas nesta segunda-feira após o fracasso do presidente Donald Trump em impor o projeto de lei de reforma do sistema de saúde levar investidores a questionarem o quanto ele poderá entregar em termos de políticas de crescimento que têm sido cobradas desde sua eleição.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, apresentava queda de 0,64%, se fixando em 98,95, às 7h59 em horário de Brasília. Durante a noite, o índice atingiu a mínima de 98,87, nível não visto desde 11 de novembro.
O índice subiu para a máxima de 14 anos próximo de 104,00 no início de janeiro quando expectativas de estímulos significativos sob a presidência de Trump estavam em seu pico.
Frente ao iene, o dólar caiu mais de 1% para 110,12 em um ponto, o nível mais fraco desde 18 de novembro. Foi negociado a 110,34, queda de 0,9% no dia (USD/JPY).
Enquanto isso, o euro subiu para 1,0874 frente ao dólar, seu valor mais alto desde 8 de dezembro e estava cotado a 1,0860 (EUR/USD).
Preços do ouro se mobilizavam para a máxima de quatro semanas nesta segunda-feira, já que receios de que mercados tenham superestimado o impacto das políticas fiscais de Donald Trump levaram investidores a se dirigirem para ativos considerados portos seguros.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro atingiram o pico na sessão de US$ 1.259,20 a onça troy, valor mais alto desde 27 de fevereiro. A cotação estava em US$ 1.256,75, alta de US$ 8,25 ou cerca de 0,66%.
O pregão de segunda-feira não terá nenhum importante relatório econômico nos EUA, porém agentes de mercado ainda avaliam o pulso do Federal Reserve (Fed) em suas intensões de remoção gradual da política acomodatícia.
Tanto Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, quanto Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, devem fazer aparições públicas em separado às 14h15 e 19h30 em horário de Brasília, respectivamente.
Enquanto isso, preços do petróleo começaram a semana em baixa na segunda-feira, próximos do nível mais fraco desde o fim de novembro, já que incertezas se os cortes na produção conduzidos pela OPEP serão estendidos para além de junho alimentavam os receios de um excesso global de oferta.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização concordou em rever em abril se o pacto global de limitar os estoques deve ser estendido em seis meses mais uma vez, conforme uma declaração no domingo.
]Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíram 0,75%, atingindo US$ 47,61 às 7h01 em horário local (8h01 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,51%, com o barril negociado a US$ 50,66.
Na Europa, as bolsas estavam sob pressão durante o pregão no meio da manhã, com o DAX da Alemanha em queda de 1%, enquanto o FTSE100 de Londres caía 0,9%.
Mais cedo, na Ásia, mercados encerraram o dia em território negativo, com o Shanghai Composite fechando em baixa de cerca de 0,1% enquanto o Nikkei do Japão caiu 1,5% para seus níveis mais baixos desde o início de fevereiro.