As perdas e remanejamentos ontem no ministério da economia foram fatos que acabaram por pesar mais no mercado do que a CPI da pandemia, com claro viés de ataque ao governo.
O enfraquecimento de Guedes e de sua agenda de responsabilidade fiscal é o ‘cordeiro sacrificial’ do governo para se manter vivo durante a crise fiscal/política/pandêmica, porém ainda é difícil precificar se a manutenção vai de encontro aos interesses do próprio governo.
Sempre que possível, o congresso passa algo que gera controvérsias em termos de gastos, em termos políticos ou de ataques ao executivo, portanto, como se assemelhava antes das eleições parlamentares, tudo se resume em continuar a poder gastar e garantir um mínimo de recursos para seus quinhões eleitorais, próximo ao ano eleitoral.
Há ainda uma esperança, mesmo que superficial, de que Lira tente ganhar o protagonismo perdido para o senado com a CPI e a 3 semestres da eleição de 2022, busque na agenda positiva a atenção que foi perdida, em especial com as reformas estacionadas no congresso, afinal, além de ser literalmente o trabalho dos deputados, não há muito mais o que se fazer, passado o orçamento.
Nos EUA, em meio às dificuldades em aprovar um plano ousado de infraestrutura com pesada carga tributária, o presidente Joe Biden na quarta-feira lançará ao Congresso US$ 1,8 trilhão em novos gastos e créditos fiscais voltados para crianças, estudantes e famílias.
O novo plano de gastos do governo Biden aumentaria a taxa máxima de imposto de renda para 39,6% para os americanos mais ricos e aumentaria os impostos sobre ganhos de capital para 39,6% para famílias que ganham mais de US$ 1 milhão.
Ainda que mais baixo, o plano do núcleo democrata de aumento de impostos como forma de ‘reparação’, ou um imposto indireto sobre fortunas terá dificuldades em ser aprovado por maioria ou não sofrer obstrução republicana
Na agenda macro do dia de hoje, CAGED no Brasil, decisão do FOMC nos EUA e na agenda corporativa Apple (NASDAQ:AAPL), Ford, Facebook, Sony, Qualcomm, Shopify, Boeing, Sanofi (PA:SASY), GlaxoSmithKline, Santander (SA:SANB11), Moody's, Spotify (NYSE:SPOT), eBay, Aflac, Discovery, Yum! Brands, Stanley Black & Decker (NYSE:SWK), Mitsubishi Electric, Fujitsu, Deutsche Bank, Puma e no Brasil, LOG, CSN (SA:CSNA3), Santander, Weg (SA:WEGE3), Multiplan (SA:MULT3), Odontoprev (SA:ODPV3) e Localiza (SA:RENT3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelo FOMC, o qual não deve trazer mudanças de sinal relevantes.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com dados da Austrália e Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaques à prata e à platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, ainda com temores da COVID-19 na Índia afetando a demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,63%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4514 / 0,29 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,199%
Dólar / Iene : ¥ 108,94 / 0,202%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,158%
Dólar Futuro (1 m) : 5462,88 / 0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,53 % aa (0,64%)
DI - Janeiro 23: 6,23 % aa (0,89%)
DI - Janeiro 25: 7,76 % aa (0,91%)
DI - Janeiro 27: 8,39 % aa (0,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0002% / 119.388 pontos
Dow Jones: 0,0099% / 33.985 pontos
Nasdaq: -0,3435% / 14.090 pontos
Nikkei: 0,21% / 29.054 pontos
Hang Seng: 0,45% / 29.071 pontos
ASX 200: 0,44% / 7.065 pontos
ABERTURA
DAX: 0,365% / 15304,85 pontos
CAC 40: 0,544% / 6307,89 pontos
FTSE 100: 0,201% / 6958,92 pontos
Ibovespa Futuros: -1,07% / 119788,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,127% / 4184,20 pontos
Nasdaq Futuros: -0,147% / 13934,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,87% / 89,30 ptos
Petróleo WTI: 0,30% / $63,03
Petróleo Brent: 0,03% / $66,45
Ouro: -0,55% / $1.766,61
Minério de Ferro: -1,26% / ¥ $178,99
Soja: -1,40% / $1.529,50
Milho: -2,01% / $680,25
Café: -0,24% / $142,40
Açúcar: -2,68% / $17,48