Dia de Payroll.
Todos as atenções voltadas à criação de postos de trabalho nos EUA e o impacto de seus resultados nos rumos da política monetária americana, afinal o Fed possui duplo mandato: inflação e pleno emprego.
Longe ainda de atingir o segundo, os rumos dos indicadores americanos ao menos apontam na direção correta, o que faz inclusive muitos governadores do Fed questionarem tanto a necessidade da manutenção da atual política ultraestimulativa, como da adoção de estímulos adicionais pelo governo federal.
Em conjunto, o sinal emitido pelos membros do Fed ainda não soa como uma mudança de viés de dove (política monetária suave com os juros), para hawk (política monetária dura com os juros), mas, até recentemente, o sinal era uníssono pela necessidade contínua de estímulos.
Agora muitos já são vocais pela mudança de postura de política monetária, o que gera um choque tanto com o próprio viés de Powell, como do próprio governo americano, atualmente em franco embate por um plano de estímulos de longo prazo.
É certo que para o mercado financeiro, ainda estímulo-dependente, a retirada da abundante liquidez que preserva os mercados com viés positivo é sempre vista com bastante receio e deflagram reações usualmente fortes.
Ainda assim, é com sinais emitidos a “conta-gotas” que os membros do banco central americano podem aliviar a realidade de um ‘taper tantrum’, ou seja, a retirada gradual das compras de títulos por parte do Fed, o que precede a normalização dos juros.
Portanto, no curto prazo, podemos voltar à máxima de “boa notícia é notícia ruim”, mesmo que seja o resultado de uma melhora econômica intensa, daí a observação de perto do Payroll e como está se comportando o mercado de trabalho americano.
Localmente, o excesso de ruído político e a falta de sinais mais positivos do desastre da ‘reforma’ tributária cobraram seu preço com o descolamento do mercado brasileiro do restante do mundo, ainda assim, fomos contemplados com notícias positivas do Caged e da balança comercial.
Hoje, além do Payroll, por aqui observamos o IPC-Fipe com alta de 0,81% (Infinity: 0,75%), a produção industrial e dados da Fenabrave.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, enquanto investidores aguardam relatório de empregos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com a queda dos mercados chineses, porém alta do Nikkei e ASX.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após Opep+ atrasar a reunião sobre a política de abastecimento.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,45%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0493 / 1,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,219%
Dólar / Yen : ¥ 111,45 / -0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,124%
Dólar Fut. (1 m) : 5043,20 / 0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,64 % aa (2,16%)
DI - Janeiro 23: 7,12 % aa (0,71%)
DI - Janeiro 25: 8,17 % aa (1,24%)
DI - Janeiro 27: 8,61 % aa (1,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8955% / 125.666 pontos
Dow Jones: 0,3797% / 34.634 pontos
Nasdaq: 0,1271% / 14.522 pontos
Nikkei: 0,27% / 28.783 pontos
Hang Seng: -1,80% / 28.310 pontos
ASX 200: 0,59% / 7.309 pontos
ABERTURA
DAX: 0,368% / 15661,17 pontos
CAC 40: -0,001% / 6553,76 pontos
FTSE: 0,175% / 7137,67 pontos
Ibov. Fut.: -0,76% / 126283,00 pontos
S&P Fut.: 0,518% / 4310,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,167% / 14569,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 94,94 ptos
Petróleo WTI: -0,04% / $75,15
Petróleo Brent: -0,11% / $75,83
Ouro: 0,35% / $1.784,51
Minério de Ferro: 0,04% / $213,59
Soja: 1,05% / $1.462,00
Milho: 0,17% / $721,50
Café: -0,87% / $154,65
Açúcar: 0,95% / $18,20