Um casamento de interesses, baseado em pragmatismo e esperança de mudanças concretas.
Este era o mote da escolha de boa parte do mercado financeiro à figura de Bolsonaro como presidente, pragmática.
A esperança de mudanças e reformas, com viés liberal sempre foi fortemente galgada na figura do ministro Paulo Guedes e suas diversas promessas, reformas consideradas essenciais ao país e acima de tudo, uma mudança da perspectiva intervencionista que se mostrou comum em governos anteriores.
Quanto ao presidente Bolsonaro, não se pode dizer que há alguma surpresa em suas atitudes, pois apesar do discurso que garantiu a partir do segundo turno um casamento do mercado financeiro com o presidente, seu histórico se assemelha muito mais ao viés estatista, interventor e corporativista, do que aquilo que o mercado escolheu aceitar na figura dos ministros.
E no Brasil, por mais que não se queira mencionar política nas análises de mercado, se torna cada vez mais impossível o descasamento dos dois eventos, dadas as influências diretas que as ações do governo têm nos ativos, é como querer passar até o ano anterior ignorando os tweets de Trump.
Resta agora entender como será o comportamento do conselho da Petrobrás, da CVM e do mercado perante a mudança e esperar o que mais pode acontecer como no setor elétrico, exatamente o mesmo que afastou por anos o investidor estrangeiro do Brasil, já tão escasso dadas as taxas de juros brasileiras não competitivas frente a nossos pares internacionais.
Mesmo com a mudança dentro da Petrobrás, o maior desejo de Bolsonaro, ou seja, uma política de intervenção nos preços dos combustíveis passaria necessariamente pela mudança do estatuto de 2018, algo muito mais profundo do que imagina o presidente.
Ou seja, o corte de preços virá dos impostos.
Atenção aos balanços de Berkshire Hathaway, Williams, Discovery Communications (NASDAQ:DISCA), Royal Caribbean e localmente, Itaúsa (SA:ITSA4), CTEEP (SA:TRPL4), Movida (SA:MOVI3) e CSN (SA:CSNA3).
Na agenda macroeconômica, destaque à coleta de impostos no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após uma sequência de duas semanas positivas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com exceção do Nikkei, após manutenção de juros na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com o frio do Texas reduzindo a oferta nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,02%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3872 / -0,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,050%
Dólar / Yen : ¥ 105,61 / 0,322%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / -0,007%
Dólar Fut. (1 m) : 5408,85 / -0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,38 % aa (0,92%)
DI - Janeiro 23: 5,15 % aa (1,68%)
DI - Janeiro 25: 6,72 % aa (1,36%)
DI - Janeiro 27: 7,37 % aa (1,38%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,6447% / 118.431 pontos
Dow Jones: 0,0031% / 31.494 pontos
Nasdaq: 0,0657% / 13.874 pontos
Nikkei: 0,46% / 30.156 pontos
Hang Seng: -1,06% / 30.320 pontos
ASX 200: -0,19% / 6.781 pontos
ABERTURA
DAX: -0,636% / 13904,20 pontos
CAC 40: -0,662% / 5735,35 pontos
FTSE: -0,820% / 6569,72 pontos
Ibov. Fut.: -0,56% / 118613,00 pontos
S&P Fut.: -0,169% / 3902,90 pontos
Nasdaq Fut.: -1,191% / 13423,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 85,47 ptos
Petróleo WTI: 0,69% / $59,57
Petróleo Brent: 0,86% / $63,32
Ouro: 0,79% / $1.797,10
Minério de Ferro: 1,88% / ¥ $164,07
Soja: 0,24% / $1.376,50
Milho: 1,06% / $548,00
Café: -0,39% / $127,35
Açúcar: 0,39% / $17,84