Mais um dia do nosso mercado descolado do exterior, mais um dia em que a presença de investidores estrangeiros ganhou peso em nossos mercados e mais um dia em que a puxada global de commodities beneficiou o conjunto das nossas empresas listadas, além de alguma reações aos balanços da temporada.
A intensidade dos nossos mercados, tem de certa maneira ditado vamos ativos no Brasil, ainda na perspectiva de que a inflação tende a ser algo consistentemente mais alto em nível global do que as expectativas desenham, em especial pelas pressões em commodities.
Tal percepção vem do cenário tanto de resolução, quanto continuidade das externalidades que assolam o mundo neste momento e que repetimos aqui com intensidade: guerra na Ucrânia e lockdowns na China.
Em ambos os casos, existe a correta assunção de que o fim de ambos os eventos tem potencial desinflacionário, desencadeado principalmente pelo alívio das pressões em commodities energéticas e agrícolas.
Todavia, tal alívio é sucedido pela igual assunção de que passado o alívio, o crescimento econômico pode ganhar força, em especial puxado pelas metas chinesas de crescimento e os incentivos de crédito a serem derramados na economia.
Neste contexto, a inflação voltaria ao radar, mas não mais pela característica de oferta, como se mostra neste momento, mas de demanda em meio a possíveis novas rodadas de crescimento econômico, em especial de países emergentes.
Deste modo, a opção por países que oferecem carry trade sólido e possuem um vasto portfolio de commodities volta a se limitar aos países emergentes, em especial o Brasil.
De qualquer maneira, o cenário de juros globais mais elevados continua, especialmente quando Powell, após sua recondução confirmada pelo senado americano, diz que provavelmente não é possível um pouso suave na economia americana, se quiserem combater a inflação apropriadamente.
Isso traz uma concorrência global de juros, especialmente em um cenário de mercados emergentes em possível rota de crescimento, na contramão das economias centrais, assoladas por inflações historicamente elevadas e demandando uma correção de rota consideravelmente pesada. Resumindo, juros altos no mundo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na correção dos movimentos mais recentes de queda.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, destaque para o HSI e Nikkei, com Softbank (TYO:9984).
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, quedas no minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York apesar dos temores renovados de recessão global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1348 / -0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / 0,010%
Dólar / Yen : ¥ 128,86 / 0,444%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,164%
Dólar Fut. (1 m) : 5177,65 / 0,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,40 % aa (0,98%)
DI - Janeiro 24: 13,16 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 26: 12,36 % aa (0,57%)
DI - Janeiro 27: 12,36 % aa (0,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2364% / 105.688 pontos
Dow Jones: -0,3261% / 31.730 pontos
Nasdaq: 0,0591% / 11.371 pontos
Nikkei: 2,64% / 26.428 pontos
Hang Seng: 2,68% / 19.899 pontos
ASX 200: 1,93% / 7.075 pontos
ABERTURA
DAX: 1,275% / 13914,85 pontos
CAC 40: 1,506% / 6299,73 pontos
FTSE: 1,506% / 7342,24 pontos
Ibov. Fut.: 1,38% / 106893,00 pontos
S&P Fut.: 1,02% / 3967,5 pontos
Nasdaq Fut.: 1,647% / 12141,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,50% / 127,78 ptos
Petróleo WTI: 1,75% / $107,99
Petróleo Brent: 1,49% / $109,05
Ouro: 0,13% / $1.818,16
Minério de Ferro: 1,13% / $127,00
Soja: 0,61% / $1.660,25
Milho: 1,40% / $813,50
Café: -2,32% / $215,00
Açúcar: 1,02% / $18,81