As atenções voltadas hoje à ata da última reunião do COPOM e ao discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, dada a significância das decisões de juros pelos dois bancos centrais na semana passada.
De Powell, o mercado que tentar ouvir mais sinais do ‘início do fim’ do ciclo extremamente estimulativo em que nos encontramos e ainda que poucos sinais sejam emitidos, em especial aqueles pouco ocultos na elevação de remuneração das reservas dos bancos, é nos discursos que os analistas decifram os sinais se o Fed está realmente disposto a alterar sua política.
Localmente, a inflação mantém elementos de pressão contínua e apesar do alívio do câmbio, a situação hídrica pesa ao ponto de se aguardar um aumento de 60% no custo da bandeira vermelha como resposta à utilização de usinas termoelétricas.
Pelo lado negativo, obviamente está a explosão de custos inerente ao processo, já pelo lado positivo, a utilização de tal expediente garante que o racionamento não será algo a se observar no horizonte de curto prazo.
No setor de alimentação, a pressão também continua em diversos itens, com o agravante da escassez de um dos mais importantes para a cadeia produtiva como um todo, o milho, devido a diversos fatores, entre eles a demanda externa.
O milho, junto com a soja são essenciais à produção de toda a cadeia de proteínas, o qual sofre com mesma intensidade à falta de insumos e neste contexto, o que vemos é a inflação persistente, ao menos no curto prazo.
Como citamos, a fracos e parcos sinais de que há topo de preços em diversos itens, em especial commodities, porém isso ainda não tem força para influenciar o cenário de médio prazo e alterar a atual política hawk de juros.
Já nos EUA, o desafio da falta arraigada de mão de obra, em partes competindo com os auxílios desemprego fornecidos pelo governo tem criado efeitos perigosos na atividade econômica, em especial no setor de serviços, extremamente demandados durante o período de férias de verão.
A dúvida é se o governo acaba com tais estímulos e observa a economia reabsorver tal mão de obra ou se continua a acreditar que toda a sorte de incentivos ainda é necessária, ou seja, o contrário do Brasil, uma política dove, o que se traduziria como o cenário perfeito de apetito pelo prêmio de risco.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com mercados atentos à inflação a aos juros no mundo.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com Nikkei superando 3%.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, dividido entre o dólar mais forte, Irã e chegada do verão no hemisfério norte.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,45%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0147 / -1,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,260%
Dólar / Iene : ¥ 110,40 / 0,154%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,423%
Dólar Futuro (1 m) : 5024,98 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,56 % aa (-0,38%)
DI - Janeiro 23: 7,11 % aa (-1,66%)
DI - Janeiro 25: 8,19 % aa (-1,92%)
DI - Janeiro 27: 8,64 % aa (-2,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6694% / 129.265 pontos
Dow Jones: 1,7630% / 33.877 pontos
Nasdaq: 0,7919% / 14.141 pontos
Nikkei: 3,12% / 28.884 pontos
Hang Seng: -0,63% / 28.310 pontos
ASX 200: 1,48% / 7.342 pontos
ABERTURA
DAX: -0,124% / 15583,96 pontos
CAC 40: -0,068% / 6598,05 pontos
FTSE 100: 0,394% / 7090,12 pontos
Ibovespa Futuros: 0,78% / 129937,00 pontos
S&P 500 Futuros: 1,452% / 4213,80 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,028% / 14120,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,20% / 91,38 ptos
Petróleo WTI: -0,79% / $73,29
Petróleo Brent: -0,63% / $74,53
Ouro: -0,11% / $1.782,73
Minério de ferro: 0,41% / $212,75
Soja: -0,85% / $1.402,50
Milho: -0,53% / $655,75
Café: 0,46% / $153,05
Açúcar: -0,60% / $16,67