O ritmo negativo dos ativos globais continua e ainda que localmente tenha havido um alívio das pressões durante a sessão, as perspectivas locais não ajudam a reduzir o impacto médio do ciclo mais intenso de realização de lucros.
Com a agenda toda focada no exterior hoje, onde a inflação ao varejo na Europa se manteve na mediana das projeções dos analistas, as atenções se voltam à ata da última reunião do FOMC e a leitura de possíveis novos movimentos da autoridade monetária dos EUA.
Diferente do que tem sido a tendência nos últimos anos, o viés do Fed parece não ter mais força unanime, com uma série de membros votantes e não citando a necessidade dos EUA repensarem a atual política de estímulos e de juros e voltar à normalização em breve.
No entanto, o chairman Powell ainda conta com a maioria, além do voto de minerva, portanto, as mudanças podem até serem aventadas por outros membros, todavia, existe um compromisso com a atual política, por mais desconfortante que isso possa parecer para a inflação e o futuro dos juros.
Sequer a substituição de Powell no primeiro trimestre do próximo ano deve mudar tal tendência, afinal existe a expectativa de Lael Brainard seja a indicada por Biden para comandar a instituição, o que seria tudo, menos um sinal de ruptura dom a atual política.
A inflação continua a dar sinais de pressão nos EUA e no resto do mundo e enquanto não se resolverem os choques de oferta, problemas climáticos e acima de tudo, o derrame de dinheiro por parte dos bancos centrais na forma de programas de liquidez e de M1/M2 (dinheiro na mão das pessoas), não existe perspectiva de mudança de tal contexto.
Da parte dos BCs, reduzir a recompra de ativos e os estímulos de maneira gradual e compassada seria o ideal, dando margem para algumas correções de rumo, se assim for necessário.
Porém, não parece a premissa indicada pelo debate em torno das atuais políticas no mundo, pois muitos dos que advogam pelo fim do fluxo de liquidez demanda que seja feito o quanto antes, enquanto os defensores simplesmente não querem pensar num prazo para acabar.
No fim, as teorias econômicas continuam a não falhar, perigosamente.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, observando dados de inflação na Europa e no aguardo da ata do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o Reserve Bank of New Zealand manter as taxas de juros inalteradas, apesar das expectativas de um aumento.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, apesar dos temores de queda da demanda por conta da variante Delta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,17%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2957 / 0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,120%
Dólar / Yen : ¥ 109,64 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,102%
Dólar Futuros (1 m) : 5275,18 / -0,12 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,85 % aa (-0,06%)
DI - Janeiro 23: 8,36 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 25: 9,60 % aa (0,21%)
DI - Janeiro 27: 10,03 % aa (0,10%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -1,0708% / 117.904 pontos
Dow Jones: -0,7919% / 35.343 pontos
Nasdaq: -0,9300% / 14.656 pontos
Nikkei: 0,59% / 27.586 pontos
Hang Seng: 0,47% / 25.867 pontos
ASX 200: -0,12% / 7.502 pontos
Abertura
DAX: -0,203% / 15889,81 pontos
CAC 40: -0,429% / 6790,59 pontos
FTSE 100: -0,365% / 7154,93 pontos
Ibovespa Futuros.: -1,26% / 117676,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,679% / 4443,60 pontos
Nasdaq 100 Futuros -0,017% / 14990,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,04% / 93,95 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $66,94
Petróleo Brent: 1,00% / $69,57
Ouro: 0,15% / $1.788,05
Minério de Ferro: -2,72% / $167,34
Soja: -0,40% / $1.363,50
Milho: 0,22% / $560,50
Café: 0,81% / $180,15
Açúcar: 0,70% / $20,10