Apesar do retorno da agenda econômica hoje, são poucos os indicadores e o foco principal é a ata da última reunião do FOMC, onde cresceu a possibilidade de elevação de juros nos EUA na visão de alguns investidores.
Na verdade, apesar da mudança de parte do tom de algumas comunicações de membros do comitê, a tendência de elevação de juros, ou ao menos a perspectiva, não se alterou em 3 apertos para 2018.
O que talvez tenha mudado é a percepção de que o aperto é uma realidade e que deve ocorrer, mesmo com a resistência dos indicadores de inflação, em vista ao aquecimento da atividade econômica recente.
Localmente, o problema é de certa maneira semelhante, somente no sentido oposto.
A melhora dos indicadores econômicos, com sinais de inflação considerada controlada suscita dúvidas sobre a continuidade do ciclo de cortes de juros por parte do COPOM.
Na ausência das reformas de caráter fiscal, o contexto agora fica “em aberto” para novos movimentos.
CENÁRIO POLÍTICO
Como não poderia ser diferente no Brasil, as quinze medidas apresentadas pelo governo, parte requentadas, parte já em tramitação nas casas e parte novas sofreram o primeiro grave ataque e de fogo amigo.
Rodrigo Maia já se pronunciou contra a medidas, como uma “afronta” ao congresso e que a pauta seguirá conforme o congresso bem entender, ou seja, novamente Maia se ressente de não protagonizar eventos que possam ser capitalizados em seu favor como suposto candidato.
DEM aprendeu bem com o PSDB.
No fronte legal, o ex-presidente lula entregou ontem quase ao final do prazo com os pedidos de embargo à decisão do TRF-4, porém, juristas dizem que há poucas chances de sucesso e com a decisão do Habeas Corpus na mão de Carmen Lúcia, a candidatura petista parece cada vez menos possível.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é em queda, com os futuros NY em baixa, ainda na perspectiva de correção dos ativos. Na Ásia, o fechamento foi de alta, devido ao dólar global mais forte.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, o cenário é de realização, o qual não é acompanhado tão somente pelo minério de ferro.
O petróleo abre em queda em todas as praças, com a expectativas de maior oferta da commodity, devido ao dólar em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,8%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2527 / 0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,097%
Dólar / Yen : ¥ 107,41 / 0,075%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,393%
Dólar Fut. (1 m) : 3253,71 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,58 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,62 % aa (-0,65%)
DI - Janeiro 22: 9,16 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 25: 9,89 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,19% / 85.804 pontos
Dow Jones: -1,01% / 24.965 pontos
Nasdaq: -0,07% / 7.234 pontos
Nikkei: 0,21% / 21.971 pontos
Hang Seng: 1,81% / 31.432 pontos
ASX 200: 0,05% / 5.944 pontos
ABERTURA
DAX: -0,755% / 12393,64 pontos
CAC 40: -0,387% / 5269,39 pontos
FTSE: -0,187% / 7233,19 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86584,00 pontos
S&P Fut.: -0,140% / 2710,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,007% / 6790,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,25% / 87,74 ptos
Petróleo WTI: -0,86% / $61,26
Petróleo Brent:-0,51% / $64,92
Ouro: -0,01% / $1.329,08
Minério de Ferro: 0,10% / $76,97
Soja: 0,16% / $18,84
Milho: 0,41% / $367,00
Café: -0,17% / $118,25
Açúcar: -0,07% / $13,33