O início das reuniões dos bancos centrais é marcado por um dia de agenda modesta durante a sessão, com foco nos dados já divulgados de inflação chinesa, em alta consistente devido à pressão de alimentos e produtividade de mão de obra nos EUA.
O CPI, inflação ao varejo na China registrou alta anual de 4,5%, ante pressão anterior de 3,8% ao ano com contração ao atacado de -1,4%.
Por um lado, o problema da peste suína gerando pressão e pelo outro, a redução da atividade industrial levando à deflação.
Estes são elementos na verdade para aumentar a pressão para o acordo comercial, principalmente com a queda nas exportações, ainda que se observasse um aumento de importações de cobre, minério de ferro e petróleo, elementos importantes à atividade industrial.
Nos EUA, novamente o ensurdecedor silêncio de Donald Trump às vésperas do início das taxações contra a China pode se explicar pela falta de avanços reais nas negociações e pior, pelo foco enorme que o presidente americano tem dado à questão do impeachment.
Sonny Perdue, secretário de Agricultura dos EUA disse que Trump, quer ver um "movimento" da China para evitar a implantação das tarifas, enquanto um funcionário do Ministério do Comércio da China disse na ontem que torciam por um acordo o mais rápido possível antes do prazo.
Larry Kudlow diz não trabalhar com prazo arbitrários, mas não descarta a aplicação das tarifas, ainda que afirme que um acordo está próximo.
Porém, além da retórica básica de ambos os lados, nada de concreto saiu e parece ter prazo para sair.
Localmente, os índices de inflação continuam pressionados, tanto pela sazonalidade do período, mas ainda pelo impacto de alimentos nas diversas medidas de atacado e de varejo.
Um ponto adicional, que já é notável em algumas medidas é a aceleração do preço do álcool para o consumidor, devido a uma série de fatores, como a elevação expressiva de demanda, com a gasolina em alta, além da entressafra até março e a elevação do preço do açúcar.
O açúcar ainda não está em ponto de competir com o álcool em termos de preço, porém já se nota uma pressão maior, que pode aos poucos mudar a preferência do produtor.
Já a gasolina pressionada tanto pelo petróleo no mercado internacional, quanto pelo dólar, renova a pressão de demanda e de preço do etanol.
Eis mais um ponto de pressão de inflação tanto do varejo (transportes), quanto do atacado, renovando a perspectiva cautelosa do Banco Central na condução da política monetária neste fim de ano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, na falta de avanços da guerra comercial.
Na Ásia, fechamento misto, em reação à inflação chinesa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre sem rumo, com dados chineses mais fracos. O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,52%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1397 / 0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,099%
Dólar / Yen : ¥ 108,61 / -0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,114%
Dólar Fut. (1 m) : 4139,85 / -0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,39 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,62 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 23: 5,72 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 6,34 % aa (-0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1337% / 110.977 pontos
Dow Jones: -0,3764% / 27.910 pontos
Nasdaq: -0,4009% / 8.622 pontos
Nikkei: -0,09% / 23.410 pontos
Hang Seng: -0,22% / 26.437 pontos
ASX 200: -0,34% / 6.707 pontos
ABERTURA
DAX: -1,145% / 12955,61 pontos
CAC 40: -0,604% / 5801,99 pontos
FTSE: -1,029% / 7159,45 pontos
Ibov. Fut.: -0,21% / 111071,00 pontos
S&P Fut.: -0,386% / 3122,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,386% / 8334,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,03% / 78,11 ptos
Petróleo WTI: -0,34% / $59,12
Petróleo Brent:-0,31% / $64,44
Ouro: 0,22% / $1.464,35
Minério de Ferro: 3,93% / $92,04
Soja: 0,79% / $15,22
Milho: -0,20% / $365,75
Café: 2,91% / $127,30
Açúcar: 0,07% / $13,34