O choque de realidade da redução das hostilidades comerciais entre EUA e China pesou durante a sessão de ontem e a abertura hoje, enquanto os investidores começam a contar os dias.
O prazo estabelecido conta com diversos feriados, desde as festas de fim de ano no ocidente, como o ano novo chinês, que faz do prazo algo muito curto, onde uma solução aceitável para ambos os lados pode não ser satisfatória.
Ainda assim, as atuais dúvidas são melhores do que àquelas deixadas com a guerra comercial em “total operação”.
Localmente, mais um indicador econômico corrobora com o conforto da política monetária, onde o IPC da Fipe apresentou inflação abaixo das expectativas em São Paulo, aos 0,15% (Infinity: 0,25%) e a mesma tendência pode se repetir, com deflações no IPCA e IGP-DI.
Esperamos um repique da produção industrial, após um trimestre de queda, onde o setor de óleo e gás, bens de capital e alguns bens finais explicam a perspectiva mais positiva.
Ainda assim, a indústria não deverá ser em 2019 o driver da recuperação econômica, principalmente com a perspectiva de abertura comercial.
Serviços novamente deve liderar o contexto de melhora e caso ocorra uma solução rápida à guerra comercial e os relatórios climáticos estejam corretos, a agricultura também terá peso positivo, mas ainda sem o ímpeto de 2017.
CENÁRIO POLÍTICO
Hoje é o dia de pautar a Cessão Onerosa, onde figuras como Eunício Oliveira tentam obter uma fatia dos recursos para estados e municípios.
Há a necessidade também para uma solução contábil, de modo a que os recursos não impactem o teto dos gastos.
Neste sentido, Guardia tem sido o maior defensor do modelo que destina os recursos ao governo federal, além de atuar como maior interlocutor de Paulo Guedes no senado.
Deste modo, o jogo tem sido duro, mostrando ao novo congresso como serão as negociações com o novo executivo.
Parte deste congresso está em fim de mandato e alguns em fim de carreira, mas infelizmente, ainda conseguem atrapalhar bastante, como no caso da previdência.
Que a cessão onerosa seja menos onerosa aos cofres públicos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, após o alívio das hostilidades comerciais.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo o ímpeto mais fraco na Europa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada.
O petróleo abre em alta, com o fim das hostilidades comerciais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,6%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8443 / -0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,493%
Dólar / Yen : ¥ 112,76 / -0,792%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,652%
Dólar Fut. (1 m) : 3826,78 / -1,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,56 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,94 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 21: 7,93 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 25: 9,58 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,35% / 89.820 pontos
Dow Jones: 1,13% / 25.826 pontos
Nasdaq: 1,51% / 7.442 pontos
Nikkei: -2,39% / 22.036 pontos
Hang Seng: 0,29% / 27.260 pontos
ASX 200: -1,01% / 5.713 pontos
ABERTURA
DAX: -0,785% / 11375,40 pontos
CAC 40: -0,713% / 5017,96 pontos
FTSE: -0,472% / 7029,08 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 89800,00 pontos
S&P Fut.: -0,609% / 2773,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,839% / 6999,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,66% / 83,59 ptos
Petróleo WTI: 2,40% / $54,22
Petróleo Brent:2,19% / $63,03
Ouro: 0,79% / $1.240,41
Minério de Ferro: 1,24% / $65,57
Soja: 1,28% / $16,57
Milho: -0,20% / $370,50
Café: 0,24% / $103,50
Açúcar: -0,23% / $12,89