CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
A combinação das comemorações de fim do ano, indicadores de atividade econômica positiva, CDS abaixo dos níveis de grau de investimento e análises de estrangeiros, ainda somente análises, sobre o retorno do Brasil à uma opção crível como alvo de investimentos globais são fortes combinações para alimentar o ‘bom humor’ local e incrementar o apetite pelo prêmio de maior risco.
Tudo ainda se permeia na esperança de avanço das reformas estruturantes, após a aprovação da previdência e no fato do Brasil estar no contra-ciclo de uma parcela significativa das economias globais, em meio a sinais, muitas vezes exagerados, de recessão.
A sessão de ontem só não seguiu ainda mais o contexto positivo que também atinge o globo por conta da Fase-1 do acordo entre EUA e China, devido a notícias frágeis sobre uma possível volta da CPMF, conforme anunciado pelo porta-voz do governo.
O governo busca de todas as maneiras alguma alternativa para desonerar diversos setores, entre eles a folha de pagamentos, porém o faz diferente dos governos anteriores (ou seja, corretamente) ao buscar também alternativas para compensar a ausência de arrecadação.
Em meio a discussões de reforma tributária, ainda que por uma causa ‘nobre’, o governo tentar reeditar o mais impopular dos impostos pode gerar um ônus do qual não teria o luxo de arcar neste momento, dada a raiva incontida da oposição e sua busca por uma tábua de salvação, em meio à uma série grande de fracassos contra o governo.
Daí a busca por uma alternativa à CPMF demandaria um nível de sensibilidade e comunicação que este governo até agora não conseguiu demonstrar habilmente.
Na sessão de hoje, o mercado na abertura dá sinais de correção dos ativos em meios aos recordes globais em pontos das bolsas de valores, enquanto observa no Reino Unido a moção pelo fim da extensão ao Brexit, marcando uma possível data definitiva ao evento.
Localmente, as atenções se voltam à ata da última reunião do COPOM e a busca por sinais dos próximos passos da política monetário, em meio às indicações de cautela do próprio BC, melhora intensa dos indicadores econômicos e retomada da inflação, por enquanto causada pela alta forte de bovinos e algumas commodities.
O desafio da autoridade monetária não é fácil, principalmente com parte do mercado ainda ‘demandando’ cortes e meio às operações de juros futuros, independente das implicações deste movimento.
Atenção hoje também ao setor imobiliário e produção industrial nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, correção de ativos e Brexit.
Na Ásia, fechamento positivo, puxado pelo acordo comercial e as bolsas na China continental.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda, após atingir novas altas de preços em NY.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,57%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0577 / -1,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,099%
Dólar / Yen : ¥ 109,53 / -0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -1,005%
Dólar Fut. (1 m) : 4058,33 / -1,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,82 % aa (1,75%)
DI - Janeiro 25: 6,46 % aa (1,57%)
DI - Janeiro 27: 6,81 % aa (1,64%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5942% / 111.896 pontos
Dow Jones: 0,3572% / 28.236 pontos
Nasdaq: 0,9084% / 8.814 pontos
Nikkei: 0,47% / 24.066 pontos
Hang Seng: 1,22% / 27.844 pontos
ASX 200: -0,04% / 6.847 pontos
ABERTURA
DAX: -0,924% / 13283,77 pontos
CAC 40: -0,572% / 5957,41 pontos
FTSE: -0,066% / 7514,07 pontos
Ibov. Fut.: -0,43% / 112176,00 pontos
S&P Fut.: 0,703% / 3194,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,064% / 8566,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 80,23 ptos
Petróleo WTI: -0,03% / $60,26
Petróleo Brent:0,08% / $65,49
Ouro: 0,20% / $1.479,92
Minério de Ferro: -0,18% / $92,10
Soja: 1,25% / $15,54
Milho: -0,26% / $386,75
Café: 4,91% / $135,80
Açúcar: 0,15% / $13,31