O dia ontem foi pautado por menos atenção à inflação ao atacado nos EUA do que aos eventos políticos globais que influenciaram fortemente ao mercado.
O anúncio de queda de tarifas de carros americanos pela China foi visto como um sinal de boa vontade, que pode aliviar as tensões com a guerra comercial e abrir espaço para novos movimentos no mesmo sentido de ambas as partes.
Ao mesmo tempo, Trump sofre internamente com sua tentativa em manter a promessa de um muro com o México, anunciando um acordo que não ocorreu e levando uma “invertida” da democrata Nancy Pelosi ao vivo em rede nacional.
No velho continente, a coisa está igualmente difícil, com Macron não sabendo para onde corre, com sua promessa liberal e ação estadista, com aumentos de salário mínimo e retirada de taxação de bônus e Thereza May, que tem falhado em avançar com o Brexit ao ponto de passar por uma votação de uma possível moção de censura.
Todos estes eventos acabaram por influenciar o mercado na sessão onde ontem deixando de lado o fato do núcleo do PPI ter demonstrado pressão anual considerável, apesar o índice cheio fraco, dando importância redobrada ao CPI divulgado hoje nos EUA.
Localmente, a decisão do COPOM em manter os juros inalterados pode se mostrar um desafio mais longevo à autoridade monetária do que se tem sugerido recentemente, onde a necessidade de fechamento de hiato do produto chancelaria um corte da taxa, ao mesmo tempo em que a ausência das reformas sustentaria a taxa atual, com tendência de alta.
Por fim, poderemos passar 2019 sem nenhuma mudança nos juros, ou seja, 6,5% seria a taxa ideal.
CENÁRIO POLÍTICO
Meirelles com Dória em São Paulo é a dobradinha dos que querem se projetar para 2022, possivelmente em uma chapa conjunta.
Apesar de parecer cedo para falar da disputa, Bolsonaro já citou a indisposição em concorrer à reeleição, deixado a porta entreaberta.
Se manter em evidencia é um dos pontos mais importantes para a classe política, principalmente aos que não se elegeram nesta eleição.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o alívio na guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o fechamento em recuperação no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do cobre.
O petróleo abre em alta, com o corte anunciado da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9 / -0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,159%
Dólar / Yen : ¥ 113,47 / 0,079%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,368%
Dólar Fut. (1 m) : 3916,92 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,74 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 21: 7,81 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 25: 9,83 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,59% / 86.420 pontos
Dow Jones: -0,22% / 24.370 pontos
Nasdaq: 0,16% / 7.032 pontos
Nikkei: 2,15% / 21.603 pontos
Hang Seng: 1,61% / 26.187 pontos
ASX 200: 1,39% / 5.654 pontos
ABERTURA
DAX: 1,256% / 10915,88 pontos
CAC 40: 1,791% / 4892,28 pontos
FTSE: 1,004% / 6875,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86409,00 pontos
S&P Fut.: 0,825% / 2663,00 pontos
Nasdaq Fut.: 1,094% / 6790,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 82,93 ptos
Petróleo WTI: 2,11% / $52,74
Petróleo Brent:1,94% / $61,37
Ouro: 0,09% / $1.244,39
Minério de Ferro: 0,35% / $66,74
Soja: 0,84% / $16,75
Milho: 0,20% / $375,75
Café: -2,79% / $97,65
Açúcar: 0,00% / $12,90