A perspectiva hoje de um IPCA anual abaixo da meta determinada pelo CMN é um fato histórico e o primeiro desde a adoção do sistema de metas de inflação em 1999.
O resultado anual será o segundo menor da série histórica, porém os 1,65% aa em 1998 ocorreram antes do sistema de metas.
Neste contexto, a necessidade de justificativa por parte da autoridade monetária do não cumprimento da meta esbarra, como citamos anteriormente, na questão política e os avanços da reforma da previdência.
A conjunção de fatores que levou o IPCA em nível tão baixo ainda foi equilibrada por custos de energia em alta, influenciados pela política de preços da Petrobrás, acompanhando a variação internacional do petróleo e as bandeiras de energia elétrica.
Fechando o ano, a perspectiva agora se volta aos resultados de 2018 e as projeções iniciais de um IPCA dentro da meta. Todavia, se as condições climáticas forem semelhantes ao ano passado e o fechamento do hiato do produto mantiver o ritmo, o centro da meta ao menos está descartado.
CENÁRIO POLÍTICO
Alckmin começa a desenhar sua equipe de conselheiros e a escolha de Pérsio Arida para a coordenação do programa econômico começa a suscitar para muitos um grupo semelhante ao do ex-presidente FHC, considerado um dos mais importantes dos últimos anos.
Com isso, um player aparenta estar mais definido para o pleito de 2018, sendo acompanhado de João Amoedo do Novo e possivelmente Bolsonaro pelo PSL.
Maia também começa a articular equipe própria, mais para avaliação de candidatura, porém muitos acreditam que Maia está se colocando como uma opção de vice exatamente para Alckmin, repetindo a dobradinha da era FHC.
Para o governo, uma chapa do PSDB, PSD ou DEM são todas consideradas “chapa-branca”, porém o desgaste entre Maia e Meirelles não é bem visto tanto pelas lideranças, quanto pelos adeptos de uma coalisão de centro.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo, com os futuros NY em queda, numa possível correção, após os recordes nas bolsas americanas.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, porém com alta em Hong Kong.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque ao minério de ferro e o cobre, em alta nos portos chineses.
O petróleo em alta na abertura, porém dúvidas quanto ao recente rally levam o mercado à cautela.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2492 / 0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,017%
Dólar / Yen : ¥ 111,77 / -0,781%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,318%
Dólar Fut. (1 m) : 3259,64 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,00 % aa (0,25%)
DI - Janeiro 22: 9,46 % aa (0,53%)
DI - Janeiro 25: 10,23 % aa (0,39%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,65% / 78.864 pontos
Dow Jones: 0,41% / 25.386 pontos
Nasdaq: 0,09% / 7.164 pontos
Nikkei: -0,26% / 23.788 pontos
Hang Seng: 0,20% / 31.074 pontos
ASX 200: -0,64% / 6.097 pontos
ABERTURA
DAX: -0,363% / 13336,99 pontos
CAC 40: -0,014% / 5523,16 pontos
FTSE: 0,170% / 7744,20 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 79242,00 pontos
S&P Fut.: -0,163% / 2747,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,228% / 6671,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 88,36 ptos
Petróleo WTI: 0,65% / $63,37
Petróleo Brent:0,41% / $69,10
Ouro: 0,13% / $1.314,57
Minério de Ferro: 0,82% / $77,62
Soja: 0,19% / $17,91
Milho: 0,00% / $349,25
Café: 0,28% / $125,60
Açúcar: 0,14% / $14,75