A ata da última reunião do COPOM reiterou aquilo que o comunicado indicou, com reformas, o corte de 25 bp na Selic está garantido na próxima reunião.
Já sem as reformas, o contexto de dúvida se eleva, mas não elimina a possibilidade.
O termo “reforma” é citado por sete vezes durante a ata e o banco central deixa claro não somente a evolução positiva da econômica em decorrência da política em voga, como também demonstra que, apesar de choques como os do custo de energia elétrica, a capacidade ociosa da economia abre espaço para a continuidade da política de juros ainda mais baixos.
Tudo depende da evolução do cenário de reformas e da atividade econômica, assim como o cenário externo, onde reside parte da preocupação do BC.
Isso ocorre, pois, a autoridade monetária avalia que no caso de um choque externo, a ausência das reformas pode pesar ainda mais na demanda por maiores prêmios de mercados emergentes e o Brasil poderia ser especialmente afetado.
Resumindo, mesmo sem reformas, o cenário permite ao menos mais um corte de 25 bp, mas com reformas, seria certeza até mesmo os 50 bp.
CENÁRIO POLÍTICO
Nenhuma mudança significativa no cenário político e o entrave da reforma da previdência continua, apesar com o adicional de Marun na condução das negociações políticas.
O mínimo de votos continua em 270 e o governo necessita ao menos de mais 50 para garantir a margem de segurança, na tentativa cada vez mais frívola de votar a reforma na próxima semana.
O que se entende nos corredores de Brasília é que o recesso parlamentar será muito mais breve este ano em vista das demandas do executivo, portanto, dificilmente os parlamentares voltarão à Brasília somente ao final de fevereiro.
Dia 18 ou em 2018, o governo ainda aposta na reforma e o BC também.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY em alta, após mais uma alta puxada por empresas tech e de energia. Na Ásia, o fechamento foi positivo na expectativa pelo FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo a partir dos 10 anos.
Entre as commodities metálicas, a alta é destaque para o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo em alta em ambas as praças, com menores extrações no nos dutos do norte.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3038 / 0,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,042%
Dólar / Yen : ¥ 113,48 / -0,070%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / -0,135%
Dólar Fut. (1 m) : 3305,87 / 0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,75 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,63 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 21: 9,25 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,53 % aa (0,38%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,09% / 72.800 pontos
Dow Jones: 0,23% / 24.386 pontos
Nasdaq: 0,51% / 6.875 pontos
Nikkei: -0,32% / 22.866 pontos
Hang Seng: -0,59% / 28.794 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.013 pontos
ABERTURA
DAX: 0,010% / 13124,94 pontos
CAC 40: 0,162% / 5395,57 pontos
FTSE: 0,249% / 7472,02 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72879,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2661,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,000% / 6397,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 84,36 ptos
Petróleo WTI: 0,59% / $58,33
Petróleo Brent:0,80% / $65,21
Ouro: 0,11% / $1.243,42
Minério de Ferro: 0,20% / $68,61
Soja: -0,60% / $18,40
Milho: -0,15% / $336,00
Café: -1,33% / $119,00
Açúcar: 0,50% / $13,97