Temores com o rumo da economia global, inflação persistente, fragmentação e crescimento lento estão no topo da lista dos discursos em Davos, assim como a guerra na Ucrânia e a situação da China.
Nenhuma novidade até agora, portanto, exceto pelo crescimento chinês que acabou por surpreender as expectativas, onde se projetava uma taxa anual de 1,6% e o real foi 3,0%, enquanto no trimestre, a expectativa era de contração de -1,1% e registrou estabilidade 0,0% e no acumulado, fechou o ano em 3%, ante projeção de 2,7%.
O lado positivo vem exatamente da surpresa acima das expectativas do dado, porém o lado negativo vem de um dos piores resultados em décadas para a segunda maior economia do mundo.
A reabertura sem uma vacina funcional contra a nova cepa da Covid era considerada um dos elementos de maior impacto no crescimento chinês e pode ainda ser, caso o governo continue a fazer vista grossa ao fato de que sem vacina, a situação não deve melhorar para atingir as metas de um PIB de 5% em 2023.
Na Alemanha, o CPI, inflação ao varejo, registrou o segundo mês consecutivo de deflação, confirmando o dado de dezembro divulgado na semana anterior, porém reiterando a inflação recorde de alimentos, enquanto a contração foi pontualmente marcada pela queda de combustíveis.
Já os dados de confiança Zew superaram em muito o índice de expectativas, com 16,9 pontos, ante projetado de -15 e anterior -23,3.
O índice de situação corrente caiu -58,6 pontos, ante projeção de -57 e anterior -61,4 pontos.
O bloco europeu também registrou melhor no seu índice de expectativas, especialmente após a queda dos custos de energia e transportes, levando o índice de -23,6 pontos para os atuais 16,7 pontos.
Localmente, o mercado já não reage às declarações de Haddad sobre a reforma tributária e o arcabouço fiscal em Davos, principalmente após o ministro ser desautorizado em diversas ocasiões pelo presidente, após decisões autônomas.
A reação virá quando os temas estiverem prontos à discussão e ao voto nas casas legislativas.
Atenção hoje ao IGP-10 e nos EUA, Empire Manufacturing, enquanto no âmbito corporativo, os resultados de United, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Goldman Sachs (NYSE:GS).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o retorno do referencial das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com exceção do Nikkei, apesar do PIB chines superar as expectativas dos analistas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção aos futuros de minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e cai em Nova York, com os dados na China criando expectativa de melhora no consumo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,46%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1522 / 0,98 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,046%
Dólar / Yen : ¥ 128,93 / 0,124%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,156%
Dólar Fut. (1 m) : 5164,37 / 1,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,55 % aa (0,80%)
DI - Janeiro 25: 12,66 % aa (1,99%)
DI - Janeiro 26: 12,51 % aa (2,28%)
DI - Janeiro 27: 12,49 % aa (2,36%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5358% / 109.213 pontos
Dow Jones: 0,3295% / 34.303 pontos
Nasdaq: 0,7096% / 11.079 pontos
Nikkei: 1,23% / 26.139 pontos
Hang Seng: -0,78% / 21.578 pontos
ASX 200: -0,03% / 7.386 pontos
ABERTURA
DAX: -0,195% / 15104,51 pontos
CAC 40: -0,143% / 7033,21 pontos
FTSE: -0,173% / 7846,47 pontos
Ibov. Fut.: -1,82% / 110046,00 pontos
S&P Fut.: -0,32% / 4005,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,510% / 11552,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 111,39 ptos
Petróleo WTI: -0,30% / $79,62
Petróleo Brent: 0,56% / $84,93
Ouro: -0,46% / $1.905,32
Minério de Ferro: 1,26% / $120,90
Soja: -0,80% / $1.513,75
Milho: -0,85% / $668,75
Café: -0,63% / $149,85
Açúcar: 0,96% / $19,87