Após uma semana fortemente marcada pela expectativa quanto aos avanços da guerra comercial entre China e EUA, o foco se altera levemente, com as eleições parlamentares na União Europeia e Reino Unido.
A manutenção dos partidos considerados mais ao centro do espectro político trouxe um alívio aos mercados, pois grupos populistas, ainda que tenham crescido, não conseguiram formar maiorias significativas.
O temor fica exatamente pelo caráter divisivo de diversos destes grupos, muitos contrários aos aspectos fundamentais da União Europeia: fronteiras abertas (humanas e comerciais); união monetária e; uma série de leis em comum.
Esta última parte é uma das bases do Brexit, ou seja, da insatisfação dos britânicos com uma série de burocracias, leis e regulações, na maioria consideradas contraproducentes.
O problema foi usar tal insatisfação para alimentar uma campanha xenofóbica, que baseou o Brexit e levou ao arrependimento de diversos eleitores, com o resultado difuso do pleito.
Neste contexto, o risco para o velho continente cresceu em termos econômicos, pois apesar de 7 anos consecutivos de PIB em alta, boa parte foi sustentado pela Alemanha e o restante, pelos programas de alívio quantitativo do BCE.
O Brexit é negativo neste sentido, pois além de atrapalhar uma série de negócios que tinha sede em Londres, até por questões econômicas, os negócios transnacionais de grande volume foram atrapalhados.
A eleição agora garante um mínimo de unicidade do bloco e evita rompantes separatistas como já ocorre em diversos países, em especial a Itália.
A UE está longe da perfeição, com diversos defeitos latentes, mas seu fim hoje em dia seria muito mais desastroso do que ajustar tais defeitos.
CENÁRIO POLÍTICO
Numa adesão considerada ideal, sem rompantes antidemocráticos (mais vistos inclusive nos protestos contra educação), com pautas bem definidas e um forte apoio às reformas e aos ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro.
Assim foram as manifestações de domingo, que foram se transformando durante a semana e tiveram, como deveria ser, o apoio discreto do governo.
Como citamos anteriormente, o problema de apelar tão cedo para as ruas é o risco de esvaziamento ou revés, como no caso de Collor.
Com isso, a não presença física de diversos membros do governo foi exatamente importante para legitimar o processo, com pautas positivas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com tensões aliviadas da eleição na União Europeia.
Na Ásia, o fechamento foi misto, ainda por dúvidas quanto à guerra comercial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam pelo feriado nos EUA.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com cortes da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0229 / -0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,071%
Dólar / Yen : ¥ 109,50 / 0,174%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,173%
Dólar Fut. (1 m) : 4016,54 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,38 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,79 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 7,95 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 25: 8,57 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,30% / 93.628 pontos
Dow Jones: 0,37% / 25.586 pontos
Nasdaq: 0,11% / 7.637 pontos
Nikkei: 0,31% / 21.183 pontos
Hang Seng: -0,24% / 27.288 pontos
ASX 200: -0,06% / 6.452 pontos
ABERTURA
DAX: 0,481% / 12068,84 pontos
CAC 40: 0,230% / 5328,76 pontos
FTSE: 0,000% / 7277,73 pontos
Ibov. Fut.: -0,36% / 93838,00 pontos
S&P Fut.: -0,042% / 2830,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,031% / 7317,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,95% / 78,71 ptos
Petróleo WTI: 0,05% / $58,66
Petróleo Brent:0,61% / $69,11
Ouro: 0,09% / $1.286,10
Minério de Ferro: 0,85% / $98,14
Soja: 0,75% / $14,74
Milho: 3,72% / $404,25
Café: -0,21% / $93,30
Açúcar: 0,78% / $11,66