Dentre as piores consequências da greve está o menor crescimento econômico.
Como ainda está em andamento, mensurar as perdas é difícil, todavia, preliminarmente já consideramos o segundo trimestre perdido.
Ao menos 0,4 pp deve se perder no PIB de 2018 e em termos de valores, como citamos anteriormente, as perdas devem superar R$ 30 bi à economia e ao menos R$ 15 bi do governo.
Este é o custo do Brasil se rende ao corporativismo e ao atraso, tendo que pagar um “resgaste” de um país sequestrado por um grupo.
Para piorar, o pretenso ganho dos caminhoneiros será perdido pela redução da atividade econômica.
Além disso, o enfraquecimento do governo sepulta a possibilidade de avanços mais substanciais nas 15 pautas importantes para o país, com o leve alento da votação da reoneração.
Em termos de desgaste, Temer não tem mais ‘gordura para queimar’ e sua capacidade para articulação de pautas econômicas ficou para a história.
É neste cenário que uma agenda reformista dificilmente passa.
CENÁRIO POLÍTICO
Temer não tem mais o que negociar.
Seja com caminhoneiros, seja com o congresso, seja com a sociedade.
A falta de o mínimo de sensibilidade para entender como lidar com a paralisação e de compreender a capacidade de mobilização de um grupo essencial demonstra que a Temer falta muito para se considerar um bom comandante.
O desastre Joesley, que atrasou o país em 6 meses se repete com maior intensidade nos atuais eventos e sepultam as chances, já consideradas descartadas anteriormente de um futuro político ao atual presidente.
“Aos vencedores, as batatas”, este é o resultado da atual crise dos caminhoneiros, a qual deve ter muito mais um efeito negativo nos importantes índices de confiança econômica, do que qualquer crise econômica.
Temer perdeu, o Brasil também.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, mesmo com as inseguranças com a situação política italiana.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, pela questão italiana.
O dólar opera em queda acentuada contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos
.
Entre as commodities metálicas, queda é generalizada, com exceção da prata.
O petróleo abre em alta em NY e Londres, mesmo com o aumento de produção americana.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 5%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7276 / -0,27 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,719%
Dólar / Yen : ¥ 108,88 / 0,101%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,189%
Dólar Fut. (1 m) : 3744,18 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,78 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,77 % aa (0,78%)
DI - Janeiro 21: 8,95 % aa (1,36%)
DI - Janeiro 25: 11,25 % aa (2,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,95% / 76.072 pontos
Dow Jones: -1,58% / 24.361 pontos
Nasdaq: -0,50% / 7.397 pontos
Nikkei: -1,52% / 22.019 pontos
Hang Seng: -1,40% / 30.057 pontos
ASX 200: -0,48% / 5.985 pontos
ABERTURA
DAX: 0,460% / 12724,83 pontos
CAC 40: -0,319% / 5420,71 pontos
FTSE: 0,254% / 7652,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76078,00 pontos
S&P Fut.: 0,494% / 2705,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,313% / 6966,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 90,12 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $66,78
Petróleo Brent:0,25% / $75,58
Ouro: -0,09% / $1.297,66
Minério de Ferro: 0,02% / $66,27
Soja: -0,49% / $18,78
Milho: -0,81% / $396,75
Café: 0,58% / $120,70
Açúcar: -0,64% / $12,39