A sexta-feira de indicadores mais limitados na agenda começa com o relatório da AIE projetando avanço na demanda global por petróleo em 1 milhão de barris por dia em 2019, ainda que o cenário esteja permeado por incertezas quanto à atividade econômica mundial e mudanças nas matrizes energéticas.
Coincidentemente, ou não, um petroleiro do Irã atingido por mísseis no Mar Vermelho, perto da Arábia Saudita nesta madrugada, o que levou à forte puxada da commodity logo na abertura.
A petroleira da República Islâmica disse inicialmente que os ataques provavelmente vieram da Arábia Saudita, mas depois retirou a alegação.
Na linha oposta, a resposta dos mercados é positiva com o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, dizendo que um acordo com o Brexit poderá ser fechado até o final de outubro para permitir que o Reino Unido saia da União Europeia de maneira ordenada.
Neste ponto, a Irlanda tem um ponto crucial no Brexit, pois com sua independência do Reino Unido, cumpre um papel geopolítico e econômico como membro da União Europeia e um dos maiores entraves vinha exatamente da questão fronteiriça.
Já na guerra comercial, ao menos a série de indicações positivas continua, com o presidente Trump caracterizando as discussões comerciais de alto nível como "muito, muito boas" e planeja se encontrar com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He ainda hoje.
Em resumo, o noticio internacional continua oscilando entre notícias baseadas na guerra comercial, Brexit e Oriente Médio, este último recebendo menor atenção dos investidores, ainda que o petróleo registre alta consistente neste momento.
A questão da OCDE, ainda que não tenha surtido nenhum efeito de imediato no mercado, foi resolvida com a nota da embaixada dos EUA que diz “A declaração conjunta de 19 de março do presidente Trump e do presidente Bolsonaro afirmou claramente o apoio ao Brasil para iniciar o processo para se tornar um membro pleno da OCDE e saudou os esforços contínuos do Brasil em relação às reformas econômicas, melhores práticas e conformidade com as normas da OCDE. Continuamos mantendo essa declaração”
Portanto, com a agenda vazia, o foco fica nos eventos de caráter geopolítico como os citados acima, dada a perspectiva renovada de cortes de juros no Brasil e EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os pretensos avanços na guerra comercial e Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pelas conversas China e EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta, com os ataques ao petroleiro iraniano no mar vermelho.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,95%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,108 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,118%
Dólar / Yen : ¥ 108,23 / -0,157%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,506%
Dólar Fut. (1 m) : 4133,74 / 0,78 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,57 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,65 % aa (-1,27%)
DI - Janeiro 23: 5,75 % aa (-1,37%)
DI - Janeiro 25: 6,44 % aa (-0,62%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5613% / 101.817 pontos
Dow Jones: 0,5719% / 26.497 pontos
Nasdaq: 0,5951% / 7.951 pontos
Nikkei: 1,15% / 21.799 pontos
Hang Seng: 2,34% / 26.308 pontos
ASX 200: 0,91% / 6.607 pontos
ABERTURA
DAX: 1,947% / 12401,01 pontos
CAC 40: 1,259% / 5639,14 pontos
FTSE: 0,320% / 7209,36 pontos
Ibov. Fut.: 0,58% / 101892,00 pontos
S&P Fut.: 0,935% / 2968,60 pontos
Nasdaq Fut.: 1,157% / 7849,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,59% / 78,40 ptos
Petróleo WTI: 1,74% / $54,41
Petróleo Brent:1,69% / $59,88
Ouro: 0,06% / $1.493,72
Minério de Ferro: 1,55% / $93,01
Soja: 0,06% / $15,79
Milho: 1,05% / $384,00
Café: 0,53% / $94,10
Açúcar: 0,16% / $12,46