A dominância do contexto local ao noticioso político somente tem alimentado a distância do mercado local ao estrangeiro, afastando também uma parcela destes investidores, até recentemente confiantes no Brasil como um destino positivo de recursos globais.
Boatos de mudança na lei das estatais e de postos que serão assumidos no novo governo povoaram o dia do mercado brasileiro, amargando perdas no mercado de renda variável, pressão nas curvas de juros e desvalorização do Real frente ao dólar.
No exterior, a percepção de pico inflacionário em diversas economias centrais começa a dar o alento aos investidores sobre o futuro das políticas monetárias das economias centrais e incrementa o apetite pelo prêmio de maior risco.
O índice Zew apresentou melhora marginal de expectativas e situação atual na Alemanha e na Zona do Euro, porém continuam em zona recessiva, dando alento à uma política de juros menos severa.
A inflação ao varejo na Alemanha registrou queda de -0,5%, confirmando os números preliminares anteriores e criando a sensação de pico, com o índice alcançando 10% ao ano e o índice harmonizado repetiu os dados preliminares com estabilidade, mantendo o dado atual aos 11,3% anuais.
Com isso, as atenções se voltam também ao CPI nos EUA e à perspectiva de redução do ritmo de elevações de juros, o qual registrou inflação abaixo de 0,5% desde o pico de 1,3% mensais em junho deste ano, 9,6% aa, com retração anual desde então.
Por falar em inflação, as atenções locais se voltam à ata da última reunião do COPOM, de onde os investidores e analistas não aguardam grandes novidades, em vista ao comunicado, mas devem concentrar as atenções ao RTI, relatório trimestral de inflação do BC.
Na sessão de hoje, completa o dia o volume do setor de serviços medido pelo IBGE para o mês de outubro, onde projetamos leve alta de 0,3% no mês.
Enquanto isso, a câmara não define data para analisar a PEC Fura-Teto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo CPI nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após Hong Kong retirar as restrições a viajantes estrangeiros, no esforço de redução dos lockdowns.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, na expectativa pelo retorno da demanda chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2931 / 0,88 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,029%
Dólar / Yen : ¥ 137,68 / 0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 5342,34 / 1,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,87 % aa (0,13%)
DI - Janeiro 24: 13,98 % aa (1,26%)
DI - Janeiro 26: 13,20 % aa (2,37%)
DI - Janeiro 27: 13,12 % aa (2,01%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0240% / 105.343 pontos
Dow Jones: 1,5790% / 34.005 pontos
Nasdaq: 1,2642% / 11.144 pontos
Nikkei: 0,40% / 27.955 pontos
Hang Seng: 0,68% / 19.596 pontos
ASX 200: 0,31% / 7.203 pontos
ABERTURA
DAX: 0,353% / 14357,16 pontos
CAC 40: 0,219% / 6665,08 pontos
FTSE: 0,081% / 7452,01 pontos
Ibov. Fut.: -2,10% / 105249,00 pontos
S&P Fut.: 0,16% / 3998,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,371% / 11735,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,87% / 113,71 ptos
Petróleo WTI: 0,94% / $73,86
Petróleo Brent: 1,19% / $78,92
Ouro: 0,13% / $1.784,70
Minério de Ferro: -0,40% / $108,95
Soja: 0,33% / $1.465,00
Milho: 0,08% / $641,75
Café: 5,45% / $165,50
Açúcar: 0,10% / $19,39