Início de Semana Pesado no Mundo

Após uma semana de decisões de política monetária intensas e nítidas limitações das ações dos Bancos Centrais na reversão dos efeitos mais intensos da crise de hipotecas, aguardam-se agora tanto pela ata da última reunião do COPOM, como do relatório trimestral de inflação algum sinal conciso por parte do BC dos próximos movimentos. 

Nos EUA, a ata tem um período mais longo para ser divulgada, porém além de citar a limitação das ações de política monetária, o Fed foi mais enfático ao jogar parte da reponsabilidade no ‘colo’ do governo americano através dos gastos fiscais ainda travados na disputa política no congresso americano. 

Por aqui, além do óbvio fato do país não possuir a potência fiscal dos EUA, não nos furtamos em alertar por este meio dos riscos da política monetária ‘ultrapassar o ponto’ com cortes intensos de juros e das consequências no câmbio, na inflação e por fim, na dificuldade de refinanciamento e rolagem da dívida pública. 

O repasse cambial se tornou uma realidade indelével, ainda que os núcleos permaneçam relativamente estáveis, em vista aos efeitos da pandemia no setor de serviços, porém, mesmo que não ameacem no curto prazo as metas de inflação, a proximidade das projeções ao núcleo em 2021 tende a se tornar uma realidade, com a inércia que os índices atuais já apresentam ao próximo ano. 

A característica de ineditismo trazida pela pandemia, aliada à uma crise que ainda ronda o mundo desde 2008 intensifica por parte das autoridades monetárias mundo afora a experimentação, algo como consertar um avião em pleno voo. 

O problema muitas vezes de tal experimentação é exatamente o fato de ninguém exatamente saber se tais ‘novidades’ criadas pelas crises são conjunturais e não estruturais. Se for o segundo caso, o problema está nas consequências, igualmente incertas das medidas adotadas até este momento. 

As atenções se voltam aos vários bancos globais que movimentaram grandes somas de fundos supostamente ilícitos ao longo de um período de quase duas décadas, apesar do sinal vermelho sobre as origens do dinheiro 

Atenção esta semana à coleta de impostos, IPCA-15 e dados de conta corrente, além da ata do COPOM e relatório trimestral de inflação. No exterior será divulgada uma serie de PMIs e nos EUA, mercado imobiliário, pedidos de bens duráveis, além de uma série de discursos de Powell e membros do Fed. 

ABERTURA DE MERCADOS 
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com diversos bancos como HSBC, JPMorgan Chase, Deutsche Bank, Standard Chartered e Bank of New York Mellon possivelmente envolvidos com lavagem de dinheiro e também pelo aumento acelerado de casos de COVID-19 na Europa. 

Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após notícias envolverem o HSBC. 

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos. 

Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas, destaque à prata. 

O Petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de menor demanda. O índice VIX de volatilidade abre em alta de 15,41%. 

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3899 / 2,87 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,465%
Dólar / Yen : ¥ 104,08 / -0,392%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,511%
Dólar Fut. (1 m) : 5361,20 / 2,28 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,71 % aa (3,34%)
DI - Janeiro 23: 4,38 % aa (5,80%)
DI - Janeiro 25: 6,30 % aa (4,65%)
DI - Janeiro 27: 7,28 % aa (3,85%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,8063% /  98.290 pontos
Dow Jones: -0,8765% /  27.657 pontos
Nasdaq: -1,0723% /  10.793 pontos
 
Nikkei: 0,18% /  23.360 pontos
Hang Seng: -2,06%  /  23.951 pontos
ASX 200: -0,71% /  5.823 pontos
 
ABERTURA
DAX: -3,124% / 12706,45 pontos
CAC 40: -3,172% / 4820,27 pontos
FTSE: -3,556% / 5793,42 pontos
 
Ibov. Fut.: -1,97% / 98215,00 pontos
S&P Fut.: -0,344% / 3304,80 pontos
Nasdaq Fut.: -1,741% / 10793,00 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,05% / 72,20 ptos

Petróleo WTI: -2,21% /  $40,12
Petróleo Brent: -1,90% /  $42,26
 
Ouro: -0,99% /  $1.931,40
Minério de Ferro: -1,31% / ‎¥‎ $127,09
 
Soja: -0,38% / $1.038,25
Milho: -0,53% /  $376,00
Café: -1,32% /  $111,95
Açúcar: 0,00% /  $12,79