Agenda vazia, oficina da volatilidade. No cenário atual, a escassez de indicadores econômicos relevantes, tanto no Brasil quanto no exterior abre espaço para que os investidores deem atenção a toda sorte de eventos não diretamente relacionados aos ativos, ao menos no curto prazo.
A reunião de Davos não trouxe nada substancial, em especial sobre novos movimentos comerciais dos EUA, onde Trump continua mais preocupado com o processo de impeachment no senado do que com a China, Europa e emergentes.
Daí o foco concentrado nos eventos extra mercados, com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) confirmando primeiro caso de coronavírus nos EUA, o mesmo que matou 9 pessoas na China.
Se mantido o padrão de outras ‘pragas’ recentes como o Zika, Ebola, gripe aviária (H1N1), gripe suína (gripe A), a tendência é ocorrer a usual pânico inicial, com a divulgação constante de casos, grande cobertura da imprensa e atenção dos investidores.
O problema é exatamente a ausência de notícias mais concretas e tanto o recesso parlamentar no Brasil, quanto o foco no impeachment nos EUA reduzem o noticioso legislativo, o que traz somente especulações sobre a reação dos mercados.
Ainda que os investidores pesem as preocupações com coronavírus, a tendência do evento chamar a atenção depende necessariamente do foco dado pela OMS e outros órgãos governamentais, principalmente no caso da declaração de uma emergência de saúde pública.
De volta ao mercado, a agenda limitada hoje tem foco no mercado imobiliário americano e ao índice de atividade nacional medido pelo Fed de Chicago.
No mais, volta a atenção a Trump, o qual continua com seu foco na questão do impeachment, mas sem a China no caminho, o Federal Reserve volta a ser seu alvo preferencial, assim como a UE, a qual pode entrar novamente numa guerra comercial com os EUA.
Ele diz que o Fed subir juros no passado recente foi um erro e se não fosse por isso, a economia estaria crescendo 4%.
Ainda que soe total falta de conhecimento dos mecanismos de política monetária, o ataque faz parte do arsenal de Trump de sempre manter a atenção a uma série de ‘inimigos’ do seu projeto de sucesso frente ao governo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, mesmo com o avanço do vírus de gripe na China.
Na Ásia, dia positivo, seguindo balanços corporativos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com elevação das projeções de estoque.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,27%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2137 / 0,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,072%
Dólar / Yen : ¥ 109,97 / -0,100%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,061%
Dólar Fut. (1 m) : 4199,72 / 0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,01 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,60 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 25: 6,34 % aa (-0,78%)
DI - Janeiro 27: 6,73 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5442% / 117.026 pontos
Dow Jones: -0,5181% / 29.196 pontos
Nasdaq: -0,1932% / 9.371 pontos
Nikkei: 0,70% / 24.031 pontos
Hang Seng: 1,27% / 28.341 pontos
ASX 200: 0,94% / 7.133 pontos
ABERTURA
DAX: 0,121% / 13572,30 pontos
CAC 40: 0,082% / 6050,97 pontos
FTSE: 0,252% / 7629,90 pontos
Ibov. Fut.: -1,53% / 117277,00 pontos
S&P Fut.: 0,410% / 3333,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,643% / 9228,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 79,32 ptos
Petróleo WTI: -0,77% / $57,94
Petróleo Brent:-0,62% / $64,17
Ouro: -0,01% / $1.558,32
Minério de Ferro: -0,01% / $94,80
Soja: 0,63% /$ 921,5
Milho: 0,77% / $390,50
Café: 0,50% / $111,60
Açúcar: 1,10% / $14,71