As dúvidas quanto aos movimentos distintos de política monetária persistem nas reuniões da super quarta-feira.
Localmente, o COPOM tem o desafio de evitar que o movimento benigno inflacionário se traduza novamente como metas não cumpridas de inflação no piso, o que suscita dúvidas quanto à extensão das medidas de política monetária.
Ao mesmo tempo, analistas avaliam que se o COPOM pausar na atual reunião e somar elementos posteriores, é possível cortes adicionais, com efeitos ainda mais longevos do que em 2018.
Nos EUA a dúvida quanto à extensão é a mesma, na linha inversa. Dados os indicadores mais recentes da economia americana, é prudente se imaginar que a normalização das taxas de juros não depende necessariamente de apertos adicionais.
O contexto de inflação baixa e atividade econômica aquecida continua e o maior desafio para o FOMC seja exatamente contradizer a teoria econômica, que neste momento indicaria forte inflação nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
A reunião que pautaria a prisão em segunda instância não ocorreu e hoje alguns ministros do STF já se mobilizam numa ação descaradamente formada para salvar os ex-presidente lula.
Carmen Lúcia resiste bravamente às claras investidas de seus colegas e o futuro do ex-presidente começa a se mostrar cada vez mais difícil, principalmente após uma série de protestos contra sua passagem no sul do país.
No outro lado, o atual governador de São Paulo foi definido em convenção como o candidato a presidente para a disputa de outubro.
Apesar da baixa popularidade e de tropeços no governo, como os atrasos no metrô, Alckmin ainda é considerado candidato ao centro e se colocou favorável às reformas.
Neste ponto, ele traz a preferência do mercado, porém traduzir um discurso de modernização econômica, em vista ao discurso populista dos outros adversários não será nada fácil, ainda mais para o “carismático” Alckmin.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em estabilidade, na expectativa pela reunião do FOMC nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, também por expectativa pelo Fed.
O dólar opera em queda acentuada contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam estáveis em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é retomada na sua maioria, com exceção do minério de ferro e o cobre.
O petróleo abre em alta, com tensões no Oriente Médio.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2867 / 0,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,195%
Dólar / Yen : ¥ 106,42 / 0,302%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / -0,021%
Dólar Fut. (1 m) : 3287,78 / 0,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,36 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 8,23 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 25: 9,50 % aa (0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,15% / 83.913 pontos
Dow Jones: -1,35% / 24.611 pontos
Nasdaq: -1,84% / 7.344 pontos
Nikkei: -0,47% / 21.381 pontos
Hang Seng: 0,11% / 31.550 pontos
ASX 200: -0,39% / 5.936 pontos
ABERTURA
DAX: 0,272% / 12250,27 pontos
CAC 40: 0,273% / 5237,10 pontos
FTSE: 0,266% / 7061,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84359,00 pontos
S&P Fut.: -0,066% / 2721,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,083% / 6908,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 86,66 ptos
Petróleo WTI: 0,73% / $62,51
Petróleo Brent:0,92% / $66,66
Ouro: -0,26% / $1.313,44
Minério de Ferro: -1,13% / $71,84
Soja: -1,68% / $18,69
Milho: 0,07% / $375,25
Café: 0,04% / $119,10
Açúcar: -0,70% / $12,65