As atuações do Banco Central no câmbio podem se intensificar, após a leitura recente de indicadores de inflação mais fortes que a média dos analistas.
Uma parcela deste movimento advém do natural choque de oferta pela greve, principalmente em itens como alimentação e matérias primas.
Todavia, há um componente cambial forte nas últimas leituras, que influencia para significativa da cadeia de preços.
Com isso, a tendência de uma resposta mais firme do BC contra a alta no dólar deve continuar, pois o efeito nos preços pode ajudar inclusive ao governo, com a redução dos custos do diesel, já menores por conta do petróleo mais baixo, podendo se reduzir ainda mais com o câmbio mais favorável.
Uma pretensa taxa de equilíbrio no câmbio ainda não surgiu, mas pode estar próxima.
CENÁRIO POLÍTICO
Após a comedia de erros cometida durante o G7 por Donald Trump, provocando aliados históricos, incitando a guerra comercial e com comportamento erráticos, um ponto positivo foi alcançado.
O acordo assinado para desnuclearização da Coreia do Norte é um ponto positivo ao presidente americano e um fato histórico, num cenário de dificuldades de se cumprir tais posições.
A Coreia do Norte tem o costume desde Kim Jong Il de fazer bravatas nucleares e militares, no momento em que o país passa mais dificuldades, principalmente humanitárias.
Destas bravatas costumam surgir acordos cumpridos no curto prazo, ajuda humanitária e algum nível de comércio, alívio das tensões internas com desabastecimento e alívio também das tensões geopolíticas.
Isso tudo dura até o país necessitar novamente de ajuda e recorrer às ameaças, ao invés de admitir que não está bem.
O primeiro passo de uma longa caminhada foi dado e se tudo der certo, esta será a marca do governo Trump, como foi a morte de Bin Laden para Obama.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é mista e os futuros NY se dividem, com o resultado da reunião com a Coreia do Norte.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo a reunião histórica entre os dois países.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, somente o ouro cai.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com o aumento da oferta americana e russa.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 1,5%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7114 / 0,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,008%
Dólar / Yen : ¥ 110,26 / 0,209%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,097%
Dólar Fut. (1 m) : 3732,59 / 0,53 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 8,03 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,65 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 21: 9,66 % aa (0,84%)
DI - Janeiro 25: 11,78 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,87% / 72.308 pontos
Dow Jones: 0,02% / 25.322 pontos
Nasdaq: 0,19% / 7.660 pontos
Nikkei: 0,33% / 22.878 pontos
Hang Seng: 0,13% / 31.103 pontos
ASX 200: 0,15% / 6.054 pontos
ABERTURA
DAX: 0,025% / 12846,19 pontos
CAC 40: -0,173% / 5464,46 pontos
FTSE: -0,264% / 7717,03 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72314,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2783,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,087% / 7164,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 89,75 ptos
Petróleo WTI: -0,24% / $65,94
Petróleo Brent:-0,41% / $76,15
Ouro: -0,23% / $1.297,44
Minério de Ferro: 0,68% / $65,18
Soja: -1,66% / $17,72
Milho: 0,88% / $370,25
Café: 0,21% / $117,35
Açúcar: 1,21% / $12,49