A história contada pelos indicadores econômicos ontem foi clara: a paralisação dos caminhoneiros foi um dos piores eventos para a economia brasileira, depois da ‘nova matriz macroeconômica’, dados os devastadores efeitos em tão curto prazo.
Nos índices inflacionários, o fim do choque de oferta já leva a deflações em matérias primas, mesmo que ainda conte com alguma pressão de atacado, em partes refletindo também a alta recente do dólar.
O pior sinal, entretanto, veio do IBC-Br, onde o decréscimo do PIB no período superou as expectativas e revelou o quão danoso foi o evento de características meramente corporativas, mas por desinformação e desilusão política, angariou simpatia de parte da população.
Apesar da leve redução de custos de combustíveis, comparativamente ao período da greve, parte dos subsídios aos caminhoneiros está sendo financiada pela elevação de custo da gasolina através do ICMS, transferindo o ônus à população.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre um PR dividido entre Lula e Bolsonaro, Ciro buscando um centrão coeso que não existe e a proximidade das coligações no final desta semana, Geraldo ‘um dígito’ Alckmin consegue avançar em coligações mais que qualquer outro candidato.
Prestes a conseguir juras de neutralidade do PSB, o ex-governador já colocou no bolso o PSD, tem simpatia do PRB de Flavio Rocha e o PTB está praticamente tucanado.
A esperança de Alckmin (mais dele do que do partido) é no tempo de televisão angariado com tais coligações e no desgaste da esquerda, notadamente na figura auto explosiva de Ciro.
O tal centrão já nasceu fragmentado e não deve dar apoio uníssono a nenhum candidato, mesmo do governo.
No MDB, Meirelles ainda tenta emplacar sua candidatura, sonhando com Rocha como vice.
Está mais para Meirelles vice de Alckmin.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY operam em queda, na expectativa pelo discurso de Jerome Powell do Fed.
Na Ásia, o fechamento foi negativo com empresas de energia.
O dólar opera em queda acentuada contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção para o minério de ferro e ouro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, o alívio na questão dos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8605 / 0,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,060%
Dólar / Yen : ¥ 112,53 / 0,214%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,038%
Dólar Fut. (1 m) : 3870,23 / -0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,54 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,20 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,18 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 25: 11,34 % aa (0,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,08% / 76.653 pontos
Dow Jones: 0,18% / 25.064 pontos
Nasdaq: -0,26% / 7.806 pontos
Nikkei: 0,44% / 22.697 pontos
Hang Seng: -1,25% / 28.182 pontos
ASX 200: -0,61% / 6.204 pontos
ABERTURA
DAX: -0,099% / 12548,63 pontos
CAC 40: -0,363% / 5389,79 pontos
FTSE: -0,241% / 7582,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77058,00 pontos
S&P Fut.: -0,161% / 2792,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,184% / 7311,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,40% / 83,13 ptos
Petróleo WTI: 0,16% / $68,17
Petróleo Brent:0,03% / $71,86
Ouro: 0,05% / $1.241,56
Minério de Ferro: 0,14% / $63,33
Soja: 1,48% / $15,74
Milho: 1,10% / $345,00
Café: 0,37% / $107,45
Açúcar: 0,45% / $11,15